- Que mundo maravilhoso!

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A vida (e a voz) de Louis Armstrong

A vida (e a voz) de Louis Armstrong

Publicada há 1 ano

MINUTINHO

Temas da crítica

Por: André Luiz/Chico Xavier

Procure silenciar onde você não possa prestar auxílio.

A vida dos outros, qual se afirma na expressão, é realmente dos outros e não nossa.

Devo compreender que o erro de outrem, hoje, talvez será o meu amanhã, já que nas trilhas evolutivas da Terra todos somos ainda portadores da natureza humana.

O tempo que se emprega na crítica pode ser usado em construção.

Toda vez que criticamos alguém, estamos moralmente na obrigação de fazer melhor que esse alguém a tarefa em pauta.

Anote: em qualquer tempo e situação os pontos de vista e as oportunidades, os recursos e os interesses, o sentimento e a educação dos outros são sempre muito diversos dos seus.

Criticar não resolve, porque o trabalho da criatura é que lhe determina o valor.

Quem ama ajuda e desculpa sempre.

Não condene, abençoe.

Lembre-se: por vezes, basta apenas um martelo para arrasar aquilo que os séculos construíram.

CRÔNICA

Que mundo maravilhoso!

Por: Redação do Momento Espírita

A canção foi escrita por Bob Thiele e George David Weiss. Gravada, pela primeira vez na voz de Louis Armstrong, em 1967.

Alguns afirmam que, inicialmente, teria sido oferecida a outro cantor, que declinou da oferta.

Outros dizem que teria sido escrita especialmente para Armstrong. A intenção era que a música servisse como antídoto ao carregado clima racial e político nos Estados Unidos.

Mas, também detalha o deleite pelas coisas simples do dia a dia.

What a Wonderful World - Que mundo maravilhoso - descreve as árvores verdes, as rosas vermelhas que florescem para todos.

Fala do céu azul, das nuvens brancas, de um abençoado dia claro. Também da sagrada noite escura.

Faz referência às bonitas cores do arco-íris, aos rostos das pessoas que passam, dos amigos que se cumprimentam.

Traduz, igualmente, um aceno a um futuro otimista ao se referir aos bebês que vão crescendo e irão aprender muito mais do que possamos imaginar.

Tudo isso, em resumo, pode nos convidar a dizer, junto com o intérprete da canção: Que mundo maravilhoso!

Criticado, certa feita, como podia achar o mundo maravilhoso com tantas guerras, fome, poluição, violência, assim se pronunciou Armstrong:

- Não é o mundo que é tão mau, mas o que estamos fazendo com ele. Tudo que estou dizendo é que o mundo seria maravilhoso se apenas déssemos uma chance. Amor, esse é o segredo. Se muitos de nós nos amássemos, resolveríamos múltiplos problemas. E, então, este mundo seria algo extremamente agradável e bem sucedido. Um mundo maravilhoso.

A voz grave de Armstrong, seu trompete e o inconfundível modo de cantar, em que emitia sílabas como se a voz imitasse um instrumento, se tornou sua marca registrada.

Louis Armstrong. Foto: Divulgação / Pública

Era um homem otimista e agradecido.

Tendo vivido uma infância complicada pelo abandono do pai, a pobreza mirando firme, encontrou, numa família de imigrantes judeus, gentileza e amparo.

- Eu era apenas uma criança, confessava ele. Eles sempre foram gentis comigo. Fiz diversos trabalhos para eles.

Além da compensação monetária, recebia uma refeição quente todas as noites e convites regulares para os jantares de sábado.

- Eles lhe adiantaram cinco dólares para que adquirisse seu primeiro trompete. Até o final de sua vida os considerou como sua família, chegando a usar uma estrela de David.

Armstrong foi alguém que soube aproveitar todas as chances que lhe foram oferecidas. Desenvolveu fortemente a sua maneira de tocar trompete, na banda da instituição onde permaneceu recluso por dezoito meses.

Ele tinha onze anos e disparara uma pistola durante uma celebração de ano novo.

Foi ali que o professor Peter Davis instalou disciplina e lhe providenciou educação musical, percebendo, de imediato, os pendores daquele menino.

Ao morrer, aos sessenta e nove anos de idade, Louis Armstrong deixou uma mensagem de quem soube se dedicar ao que amava - a música, e desfrutou do mundo que Deus lhe concedera para viver, contribuindo para torná-lo melhor:

- Eu tive o meu trompete, uma vida linda, uma família, o jazz. Agora estou completo.

Um homem agradecido.

Quer ouvir a música (no YouTube)? Clique na miniatura.


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