Ajuda e socorro: um médico, um taxista e uma criança

Ajuda e socorro: um médico, um taxista e uma criança

Confira também: Arrependimento e reparação

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Publicada há 1 ano

MINUTINHO

Arrependimento e reparação

Por: Joanna de Ângelis

O arrependimento sincero constitui elevada conquista do sentimento humano.

Sendo amadurecimento da razão e da emoção, surge após a análise do erro e consequente descoberta da falha pessoal no julgamento, atitude ou conduta em relação a outrem.

O direito de errar é condição humana normal. Mas prosseguir no erro significa primitivismo.

À medida que o discernimento dá ao ser a visão certa da vida, o arrependimento vem em forma de conscientização e responsabilidade.

Ele não irrompe de repente nos sentimentos de alguém. Isso caracteriza remorso, que logo passa, ou medo dos efeitos do mal praticado.

Quando a consciência desperta, o arrependimento honesto domina e busca meios para a reparação dos erros cometidos.

Após o arrependimento, o dever de reparar.

Meditação diária previne as ações infelizes.

Impõe-te a disciplina da vigilância e do amor.

O arrependimento é luz na consciência e a reparação é a consciência do dever em ação.

CRÔNICA

Ajuda e socorro

Por: Redação do Momento Espírita

Avançava a noite na cidade interiorana. Doutor Júlio David, nobre facultativo baiano, aproximou-se do veículo e pediu que o profissional o levasse, com urgência, para atender a um paciente em bairro distante.

O motorista lhe respondeu que não podia. Encerrara o seu expediente e estava indo para sua casa. Havia trabalhado muitas horas.

O médico insistiu, dizendo que seria difícil conseguir outra condução, àquela hora. E o chamado era urgente...

O motorista respondeu insatisfeito:

Estou cansado! Vire-se por aí. O que não falta são veículos.

Mas é tarde - insistiu o médico. Estamos perdendo tempo enquanto uma vida está se diluindo. Seja rápido, leve-me por favor...

Irritado, o motorista partiu, velozmente, resmungando:

Era só o que me faltava aparecer. Não levo ninguém. Vou é dormir.

Ao chegar em sua casa, surpreendeu-se por estarem as luzes acesas, alguns vizinhos à porta.

Assustado, buscou o interior doméstico para encontrar seu filho, de cinco anos de idade, em lamentável convulsão, semiasfixiado.

Sua ideia imediata foi colocar a criança no seu carro para levá-la, o mais rápido possível, ao Pronto-Socorro. Nisso, estacionou um carro à porta e um médico saltou apressado.

De imediato, acercou-se do pequeno, identificou o grande mal asmático. Aplicou imediatamente a medicação, ensejando a reação orgânica que lhe permitia conduzi-lo ao hospital com possibilidades de salvação.

O motorista olhou o venerável senhor e baixou os olhos, envergonhado. Era o médico que ele se negara conduzir há pouco.

O paciente a quem o médico precisava atender, com urgência, era seu próprio filho.

Imagem: Ilustração

O texto é de livre manifestação do signatário que apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados e não reflete, necessariamente, a opinião do 'O Extra.net'.

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