CRÔNICA: Amor maior - A história de Heng, doador de sangue e da vida

CRÔNICA: Amor maior - A história de Heng, doador de sangue e da vida

Veja também: Obediência - Sem ela a ordem não existiria

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Publicada há 1 ano

MINUTINHO

Obedecer

Por: Emmanuel/Chico Xavier

Muitos companheiros no mundo categorizam a obediência, à conta de servilismo, no entanto, quando nos referimos à obediência, reportamo-nos à disciplina, sem a qual a ordem não existiria.

A própria Natureza é um tratado dinâmico sobre o assunto.

O Sol garante a vida no Planeta, por não desertar da própria órbita.

Imagem: Ilustração. Fonte: © design36 / Shutterstock

A Terra não se destrambelha no Espaço Cósmico, em vista de atender aos encargos que lhe competem na lei de gravitação.

A massa dos oceanos submete-se a princípios de contenção, fora dos quais, em se derramando, sufocaria a residência dos homens.

As águas se subordinam à intervenção das próprias criaturas humanas, de modo a fecundarem o solo, nos mais diversos climas e regiões.

Mestra da obediência, a árvore permanece no lugar em que foi situada e serve incessantemente sem perguntar.

Pensa nisso e não fujas das obrigações que a vida te confia, a pretexto de seguir os costumes ilógicos e desconcertantes a que muitos setores da atualidade terrestre pretendem nomear como sendo renovação. A renovação legítima se nos verifica no âmago do espírito com vistas ao nosso próprio burilamento no mundo interior.

Obediência para o bem é dever a cumprir.

Compromisso com a desordem é subversão.

Faze de ti mesmo o melhor que possas.

Aceita os imperativos de serviço aos quais a vida te chama e o futuro te mostrará que construíste em ti mesmo a vitória da luz

  

CRÔNICA

Amor maior

Por: Autoria desconhecida 

Morteiros cairiam em um orfanato dirigido por um grupo de Missionários na pequena aldeia vietnamita. 

Os missionários e algumas crianças morreram imediatamente e outras ficaram feridas, incluindo uma com uns oito anos. As pessoas da aldeia pediram ajuda para uma cidade vizinha pelo rádio. 

Finalmente, um médico e uma enfermeira da Marinha Americana chegaram trazendo apenas uma maleta médica. Determinaram que uma menina era a que estava mais gravemente ferida. Sem uma ação rápida ela morreria por causa do choque e da perda de sangue. Era imprescindível uma transfusão e necessário um doador. 

Um teste rápido demonstrou que nenhum dos americanos possuía o sangue correto, restava, portanto, os órfãos que não estavam feridos. Mas havia um grande problema: o médico falava pouco de vietnamita e a enfermeira uma leve noção de francês. 

Usando essa combinação e muita linguagem de sinais, eles tentaram explicar para a plateia assustada que, a não ser que pudessem repor uma parte do sangue perdido, a menina morreria. Então perguntaram se alguém estaria disposto a doar um pouco do seu sangue para ajudar. O pedido encontrou um silêncio estupefato. De repente, uma mãozinha lenta e hesitante, levantou-se, abaixou-se e levantou-se novamente. 

- Qual é o seu nome? Perguntou a enfermeira.

- Heng! Ele foi imediatamente colocado em um catre, os braços limpos com álcool e uma agulha inserida em sua veia. Heng tenso e em silêncio. Depois soltou um soluço, cobriu o rosto com a mão livre e soluçou. 

- Está doendo? Perguntou o médico. 

Heng balançou a cabeça negativamente tentando esconder o choro. 

Aos poucos seus soluços foram dando lugar a um choro constante e silencioso, seus olhos apertados, o punho na boca para abafar o choro. 

O médico ficou assustado. Algo deveria estar errado. Uma enfermeira vietnamita chegou para ajudar. Vendo o sofrimento da criança, falou com ela em vietnamita escutou sua lamentação e respondeu-lhe com carinho. 

A criança parou de chorar e olhou para a enfermeira a interrogando. Quando ela assentiu, um ar de grande alívio se espalhou pelo rosto do pequeno. A enfermeira, olhando para o médico lhe diz: 

- Ele achou que estava morrendo! Entendeu errado. Achou que vocês tinham pedido para que ele desse todo o seu sangue para a garotinha viver. 

E a enfermeira americana perguntou:

- Mas porque ele estaria disposto a fazer isso? 

A enfermeira vietnamita repetiu a pergunta ao menino e ele simplesmente disse:

- Ela é minha amiga!


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