Crônica: Só mais cinco minutinhos! Uma 'história' de vida

Crônica: Só mais cinco minutinhos! Uma 'história' de vida

Leia também: Solidão - Por: Fátima Irene Pinto

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Publicada há 1 dia

Minutinho

Solidão

Por: Fátima Irene Pinto

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...

Isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...

Isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe as vezes, para realinhar os pensamentos...

Isto é equilíbrio.

Tampouco é o retiro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...

Isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...

Isto é circunstância.

Solidão é muito mais que isto...

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão, pela nossa Alma!

Crônica

Só mais cinco minutinhos!

Por: Autoria desconhecida

Num parque, perto de playground, uma mulher sentou- se ao lado de um homem em um banco, e pôs-se a afirmar:

- Aquele logo ali é meu filho - disse ela, apontando para um pequeno menino usando um suéter vermelho e que brincava, deslizando no escorregador.

- É sem dúvida um bonito garoto – respondeu o homem, completando – aquela, usando vestido branco, pedalando sua bicicleta, é minha filha.

Então, olhando o relógio, o homem levantou-se e gritou para a sua filha:

- Melissa, já está ficando tarde. O que você ê acha de irmos?

E a pequena respondeu, suplicando:

- Mais cinco minutos, pai. Por favor! Só mais cinco minutos!

O homem balançou a cabeça concordando e menina continuou pedalando sua bicicleta, cheia de alegria em seu coração. Os minutos se passaram (muito mais de cinco), até que o pai levantou-se e novamente chamou sua filha:

- Hora de ir agora, filhinha?

Outra vez Melissa pediu:

- Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutinhos!

O homem sorriu e disse:

- Está bem! Então está certo!

Vendo a situação a mulher, ainda ao lado, não resistiu e comentou:

- O senhor é certamente um pai muito paciente pelo que posso ver!

O homem sorriu, virou-se e disse,

- Talvez sim, mas o certo é que o irmão mais velho dela, o André, faleceu no finalzinho do ano passado, atropelado por um motorista bêbado, enquanto andava em sua bicicleta perto daqui. Eu nunca tive muito tempo e não passei muitas horas com ele. Hoje eu daria qualquer coisa da minha vida por apenas mais cinco minutos com ele. Então eu prometi não cometer o mesmo erro com Melissa. Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta. Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para ficar com ela.

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