CRÔNICA: Eu ouvi um não - A 'história' de uma bailarina e o Bolshoi

CRÔNICA: Eu ouvi um não - A 'história' de uma bailarina e o Bolshoi

Leia também: Desiderada - Por: Max Ehrmann

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Publicada há 2 dias

MINUTINHO

Desiderada

Por: Max Ehrmann

Siga tranquilamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.

Tanto quanto possível, sem humilhar-se, viva em harmonia com todos os que o cercam.

Fale a sua verdade mansa e calmamente e ouça os outros, mesmo os insensatos e ignorantes. Eles também têm sua própria história.

Você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores.

Você merece estar aqui e mesmo que você não possa compreender, a Terra e o Universo vão cumprindo o seu destino.

Evite as pessoas agressivas e transtornadas, elas afligem nosso Espírito.

Se você se comparar com os outros, você se tornará presunçoso e magoado, pois haverá sempre alguém inferior e alguém superior a você. 

Viva intensamente o que pode realizar. Mantenha-se interessado em seu trabalho, ainda que humilde. Ele é o que de real existe ao longo do tempo.

Seja cauteloso nos negócios, porque o mundo está cheio de astúcia, mas não caia na descrença. A virtude existirá sempre.

Muita gente luta por altos ideais e em toda parte a vida está cheia de heroísmos.

Seja você mesmo. Principalmente, não simule afeição, nem seja descrente do amor, porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto, ele é tão perene como a relva.

Aceite com carinho o conselho dos mais velhos, mas seja compreensível com os impulsos inovadores da juventude.

Alimente a força do Espírito que o protegerá no infortúnio inesperado, mas não se desespere com perigos imaginários. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão.

E a despeito de uma rotina rigorosa, seja gentil consigo mesmo. Esteja em paz com Deus, como quer que você O conceba. E quaisquer sejam seus trabalhos e aspirações na fatigante jornada da vida, mantenha em paz a própria consciência.

Acima da falsidade, dos desencantos e agruras, o mundo ainda é bonito. Seja prudente.

CRÔNICA

Eu ouvi um não

Por: Meu Sonho Não Tem Fim

Desde pequena Svetlana tinha uma paixão: dançar e sonhar em ser uma grande bailarina do Ballet Bolshoi.  

 Um dia, Svetlana teve sua grande chance. Conseguira uma audiência com Sergei Davidovitch, mestre do Bolshoi, que estava selecionando aspirantes para a companhia.

Dançou como se fosse seu ultimo dia na terra. Colocou tudo que sentia e que aprendera em cada movimento. Ao final, aproximou-se do mestre e lhe perguntou: “Então, o senhor acha que eu posso me tornar uma grande bailarina?”

Na longa viagem de volta à sua aldeia, Svetlana, em meio às lagrimas, imaginou que nunca mais aquele “não” sairia de sua mente.

Imagem: Ilustração

Dez anos mais tarde Svetlana, já uma estimada professora de ballet, criou coragem de ir à performance anual do Bolshoi em sua região. Sentou-se bem à frente e notou que o senhor Davidovitch ainda era o mestre.

Após o concerto, aproximou-se do cavalheiro e lhe contou o quanto doera, anos atrás, ouvir-lhe dizer que não seria capaz de participar do Bolshoi.

“Mas, minha filha, eu digo isso a todas as aspirantes”, respondeu o senhor Davidovitch.

“Como o senhor poderia cometer uma injustiça dessas? Eu dediquei toda minha vida! Todos diziam que eu tinha o dom. Eu poderia ter sido um sucesso se não fosse o descaso com que o senhor me avaliou!?

Havia solidariedade e compreensão na voz do mestre, mas não hesitou ao responder: “Perdoe-me, minha filha, mas você nunca poderia ter sido grande o suficiente, se você foi capaz de abandonar seu sonho ao ouvir o primeiro não”.

O texto é de livre manifestação do signatário que apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados e não reflete, necessariamente, a opinião do 'O Extra.net'.

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