CRISE

A 24 dias da Páscoa, procura por ovos ainda é baixa no comércio

A 24 dias da Páscoa, procura por ovos ainda é baixa no comércio

Os preços dos ovos de chocolate estão, em média, 3,4% mais caros este ano

Os preços dos ovos de chocolate estão, em média, 3,4% mais caros este ano

Publicada há 7 anos

Por Lívia Caldeira 


Uma das datas mais importantes para o setor supermercadista, a Páscoa este ano não deve apresentar bons resultados de vendas. De um lado, comerciantes investem em alternativas e novas estratégias de venda para superar a crise. Do outro lado do balcão, consumidores à procura dos menores preços e dispostos a gastar menos em relação aos anos anteriores. Este é o cenário da Páscoa de 2017, que chega sem nenhum sinal de euforia. Gerente de um supermercado em Fernandópolis, Cláudio Assi ressalta que o atual momento econômico acaba refletindo nas vendas, que estão mais tímidas. “A variedade de ovos também está muito menor. Os próprios fabricantes estão sentindo a crise e já se prepararam para uma diminuição nas vendas” completou.  A expectativa é de que a movimentação nos supermercados da cidade seja maior nas próximas semanas. 


PREPARE O BOLSO 

No segmento dos chocolates, para amargar ainda mais o que era para ser saboroso, os preços dos ovos de Páscoa estão, em média, 3,4% mais caros este ano, na comparação com 2016, de acordo com pesquisa divulgada este mês pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Para a técnica de enfermagem Silvia Cristina, a data será comemorada sem os ovos de Páscoa. “Meu filho já está com 18 anos e esse ano não vai ganhar, irei comprar só para a minha afilhada que ainda é pequena”.  Ela conta que, apesar de ovos caseiros apresentarem um preço menor, terá que optar pelos industrializados. “Ela ainda é criança e quer a surpresa que vem dentro do ovo”. A aposentada Maria Rodrigues também pretende comprar apenas 1 ovo de chocolate nesta Páscoa. “Com essa crise e os preços lá em cima, o jeito é não gastar muito” afirma. 


OUTROS ITENS DE PÁSCOA

 No grupo de chocolates, subiram ainda em relação à Páscoa do ano passado bombons em caixa (400 gramas), a maior alta, de 4,4%; chocolates em geral (barra e tabletes), 4,1%; bombons bola, 3,7% e ovos de Páscoa até 150 gramas, 3,7%. O bacalhau foi o item que apresentou menor variação (1,5%), seguido dos importados em geral que registraram 2,2%, favorecidos pelo câmbio, colomba pascal (2,5%), peixes em geral (2,6%), refrigerante (3,1%), vinho importado (3,2%), azeite (3,2%), vinho nacional (3,3%) e cerveja (3,7%).


Procura ainda é tímida nos supermercados da cidade 




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