Por Breno Guarnieri

A temporada de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) acompanha uma expectativa de movimentação da economia no comércio. As lojas promovem ações especiais para regularização de débitos, além de criar ofertas para atrair os clientes com o “dinheiro extra”.

No comércio em Fernandópolis, a movimentação e o registro de vendas estão estáveis, não possuindo nenhuma alteração significativa no fluxo de compras. De acordo com a ACIF (Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis), a intenção de compras dos fernandopolenses também permanece normal e a expectativa é que melhore os casos de inadimplência.

“Por enquanto o comércio está invariável, foi uma pequena parcela que gastou. A espera é que os débitos e contas antigas sejam quitados por seus donos”, afirma Mateus Morales, presidente da ACIF.

Comércio local  

Para Marcela Morin, gerente de uma loja de roupas na área central, mesmo com as promoções que estampam os panfletos a procura não foi tão grande como o esperado. “Posso lhe afirmar que ainda não teve nenhuma movimentação significativa. O consumidor está mais interessado em resolver as dívidas para depois usar no comércio”, salienta.

A quitação de dívidas é a escolha mais comum das famílias brasileiras, cobrir os créditos acumulados é preferência no destino do dinheiro das contas inativas do Fundo. Mas há quem prefira utilizar o dinheiro para o consumo, viagens e aplicações.

Planos

O fernandopolense Mário Gonçalves, 38 anos, trabalha na área da saúde. Ele planeja, com o saque do FGTS, a viagem dos sonhos à Natal. “Vou usar para viajar. Faz anos que eu planejo esta viagem e com esse ‘dinheiro extra’ vou levar minha filha e minha esposa para conhecer uma das cidades mais bonitas do Brasil”, destaca.

O impacto positivo no setor econômico pode vir até mesmo de desejos simples na hora de consumir, como o da professora Mariana Moura, 26 anos, que tem “destino certo” para as suas economias. “Vou viajar para algum lugar do exterior para ver a neve”, enfatiza.

Para outros a utilização da verba está comprometida com empréstimos e financiamentos, como no caso da vendedora Paula Novais, 34 anos. “Vou utilizar meu saque para abater parcelas do financiamento da minha casa. O dinheiro do FGTS vai ajudar a me ‘desafogar’ um pouco”, diz.

Segundo a ACIF, a temporada de saque do FGTS acompanha uma expectativa de movimentação da economia no comércio local. As lojas promovem ações especiais para regularização de débitos, além de criar ofertas para atrair os clientes com o “bolso cheio”