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Ex-diretor-geral da PRF, preso no Paraguai, levou pitbull e atestado falso

Ex-diretor-geral da PRF, preso no Paraguai, levou pitbull e atestado falso

Condenado por atos antidemocráticos tentava fuga e alegou que tinha câncer e não poderia falar

Condenado por atos antidemocráticos tentava fuga e alegou que tinha câncer e não poderia falar

Publicada há 1 hora

Fotos: Reprodução. Fontes: PRF/Polícia Paraguaia

Da Redação

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, deixou de ser monitorado pela tornozeleira eletrônica na madrugada de quinta-feira (25 de dezembro) — horas antes de ser preso no Paraguai com um passaporte falso. Segundo informações da Polícia Federal (PF), os sinais de geolocalização do equipamento foram interrompidos completamente na tarde daquele dia, e a falha foi atribuída à ausência de bateria.

Silvinei havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos de prisão, por participação em trama golpista que visava impedir o trânsito de eleitores em locais onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderava sobre Jair Bolsonaro (PL).

Fuga começou na véspera de Natal

Segundo informações enviadas pela PF ao ministro do STF Alexandre de Moraes, Silvinei Vasques deixou sua residência em São José (SC) na noite de quarta-feira (24 de dezembro), antes da tornozeleira apresentar falhas. As últimas imagens do ex-diretor mostram que ele saiu do condomínio por volta das 19h22, carregando um veículo alugado com sacolas, rações e tapetes higiênicos, acompanhado de um cachorro da raça pitbull.

Após a saída, o ex-PRF não foi mais visto. Policias federais e da Polícia Penal de Santa Catarina foram ao endereço na noite do Natal, mas não encontraram Silvinei, constatando que o apartamento e a vaga de garagem estavam vazios.

Diligências e investigação

A PF informou ao STF que ainda não é possível determinar os motivos exatos da violação da tornozeleira nem se o equipamento permaneceu no apartamento do ex-diretor. O caso segue em investigação para apurar os detalhes da fuga e da falha no monitoramento eletrônico.

Prisão preventiva

Com base nas diligências e nas informações sobre a tentativa de fuga, o ministro Alexandre de Moraes determinou prisão preventiva de Silvinei Vasques. Na decisão, o ministro destacou:

“O réu não se encontrava em seu apartamento no momento da diligência, em violação à medida cautelar de recolhimento domiciliar noturno; estava utilizando veículo automotor alugado; esteve em seu endereço residencial até as 19h22 do dia 24/12/2025, quando não foi mais visto entrando ou saindo de carro; e carregou o veículo alugado com o seu animal de estimação e materiais para transporte de cachorro.”

Silvinei foi localizado e preso na madrugada de sexta-feira (26/12) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, enquanto tentava fugir para El Salvador

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