ECONOMIA

Se crise política se estender, redução da taxa de juros será mais lenta

Se crise política se estender, redução da taxa de juros será mais lenta

Mesmo com cenário de incertezas com a conjuntura econômica e aprovação das reformas, Selic a 10,25% é positivo para o País

Mesmo com cenário de incertezas com a conjuntura econômica e aprovação das reformas, Selic a 10,25% é positivo para o País

Publicada há 7 anos

SPC Brasil 


O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) considera positivo para a economia a decisão anunciada nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 1,0 ponto percentual de 11,25% para 10,25% a.a., o mais baixo patamar desde janeiro de 2014. Porém, a recente crise política das duas últimas semanas pode ter afetado a intenção do Banco Central de acelerar a redução da Selic em mais de 1,0 ponto.


Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, ainda há espaço para cortes de juros, principalmente por conta da trajetória da inflação e da atividade econômica fraca, mas o ritmo de cortes fica menor em um cenário de agravamento da crise política.


"O impasse político pode adiar a discussão de reformas fundamentais para a retomada do crescimento, além de abrir, novamente, um cenário de incertezas que começava a ser superado", afirma Pellizzaro. "O risco de persistência ou agravamento desse cenário, que ainda precisa ser considerado, explica a decisão do Banco Central de não acelerar o ritmo de corte dos juros, como se esperava."


Mesmo com novos acontecimentos tendo impacto na política de juros, a decisão do Copom reflete a desaceleração dos preços dos últimos meses e a expectativa do mercado de que a inflação poderá até mesmo ficar abaixo do centro da meta ao final de 2017, que ainda se mantém. "O patamar de 10,25% faz com que a taxa Selic se aproxime de um dígito, o que, apesar das incertezas presentes, deve acontecer já na próxima reunião, em julho.


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