PREÇOS COMPETI

Governo pode importar mais energia

Governo pode importar mais energia

Decisão será tomada em duas semanas, em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, órgão presidido pelo MME

Decisão será tomada em duas semanas, em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, órgão presidido pelo MME

Publicada há 7 anos

Da Redação 


O governo cogita aumentar o volume de importação de energia de países vizinhos como Argentina e Uruguai. O motivo é a previsão de chuvas para os próximos meses na região Centro-Oeste, que deve ficar abaixo da média histórica. As principais bacias hidrográficas do País se concentram nessa região e abastecem reservatórios de diversas usinas hidrelétricas. Outras ações em análise são a adoção de medidas de incentivo ao uso racional de energia e aumento dos limites de transferência de energia entre as regiões.


O Ministério de Minas e Energia reitera que o abastecimento está garantido, ainda que seja necessário acionar usinas que gerem energia mais cara. Em nota, o governo reiterou que a importação, se realizada, será feita a "preços competitivos". A decisão será tomada em duas semanas, em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, órgão presidido pelo MME. Se a medida for aprovada, o volume de energia importada será definido semanalmente pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com base na oferta e no preço declarados pela Eletrobras.


"A importação de energia só ocorrerá se o preço ofertado pela Eletrobras, agente responsável pela importação, for menor que o custo marginal de operação, ou seja, se a energia a ser importada estiver mais barata que a disponível no Sistema Interligado Nacional (SIN), buscando sempre obter modicidade tarifária", informou o MME.


A nota ressalta a possibilidade de atraso no início do próximo período chuvoso, normalmente em novembro, em razão da previsão de chuvas abaixo da média no Centro-Oeste. Além disso, as chuvas na Região Sul estão inferiores à média, o que levou à necessidade de transferência de energia advinda das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Segundo o governo, o risco de desabastecimento de energia neste ano é de 0,1% para Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Em agosto, as chuvas ficaram abaixo da média histórica em todas as regiões. No Sudeste/Centro-Oeste ficaram em 86% da média histórica; no Norte, em 58%; no Sul, em 51%; e no Nordeste, em 31%. Com isso, o nível dos reservatórios em agosto atingiu 56,7% no Sul, 51,5% no Norte, 32,5% no Sudeste/Centro-Oeste e 12,5% no Nordeste.





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