ENERGIA

Nova tarifa que pode deixar a conta de luz mais barata começa a valer

Nova tarifa que pode deixar a conta de luz mais barata começa a valer

Consumidor deve observar se novo tipo de cobrança na conta de luz trará ou não vantagem

Consumidor deve observar se novo tipo de cobrança na conta de luz trará ou não vantagem

Publicada há 6 anos

Da Redação 




A partir desta segunda, dia 1º de janeiro, o consumidor de baixa tensão de energia elétrica e que utiliza mensalmente mais de 500 quilowatts por hora (kW/h) poderá optar por uma nova forma de cobrança, a "Tarifa Branca". Mas, antes de tomar qualquer decisão, ele deve observar seus hábitos de consumo para saber se é vantagem ou não migrar de tarifa.


Atualmente, todo consumidor está enquadrado na chamada "Tarifa Convencional", pela qual paga-se pelo quillowatt por hora independentemente do dia e da hora em que correr o uso da energia. Pelo novo modelo, que pode ser adotado por consumidores residenciais, escritórios, comércio e até mesmo indústrias; o valor da tarifa varia conforme o dia e a hora do consumo.


Pelo novo regime, foi definido que a tarifa será cinco vezes mais cara no horário de ponta nos dias úteis, considerado de segunda a sexta-feira das 19 às 21h59. Uma hora antes do horário de ponta (das 18 às 18h59) e uma hora depois (das 22 às 22h59), haverá uma tarifa intermediária (três vezes mais cara). Nos demais horários (da zero às 17h59 e as 23 às 24h59, há a Tarifa Branca, com tarifa mais barata. Nos sábados, domingos e feriados nacionais, a tarifa será única, mais barata.

A nova tarifa será oferecida a todos os consumidores de baixa tensão (com instalações de 127, 220, 380 ou 440 Volts), conforme um cronograma. A partir desta segunda-feira, dia 1º de janeiro, valerá para novas ligações e para unidades com média anual de consumo mensal superior a 500 kW/h. No dia 1º de janeiro de 2019, será estendida para unidades com média anual de consumo mensal superior a 250 kW/h e, a partir de 1º de janeiro de 2020, para todos os consumidores.


A adesão é voluntária e sem custos para o consumidor. Ele deverá fazer a solicitação para a concessionária, que trocará seu medidor gratuitamente em até 30 dias, caso seja um consumidor já ativo, ou em até 5 dias úteis no caso de novos pedidos de ligação. O pedido deverá ser feito diretamente à concessionária do imóvel servido. Nos municípios atendidos pela CPFL Paulista, como o caso de Rio Preto e região, o interessado deve se dirigir à agência da companhia mais próxima (em Rio Preto, fica à rua Roberto Simonsen, 53 - Bairro Nova Redentora). Nas cidades abrangidas pela Elektro (como Votuporanga, Fernandópolis, Ilha Solteira e Santa Fé do Sul), o consumidor deve solicitar por meio do telefone 0800 701-0102.


A pessoa poderá solicitar o retorno à tarifa convencional a qualquer momento, sem pagamento de multa, devendo ser atendido pela distribuidora em até 30 dias. Após o retorno à Convencional, uma nova adesão à Tarifa Branca só será possível após o prazo de 180 dias.


De acordo com a CPFL, a novidade beneficia aqueles consumidores com alto consumo de energia fora do horário de ponta e também aos finais de semana. 


"Antes de optar pela Tarifa Branca, consumidor deve analisar o seu perfil de consumo e os hábitos de uso da energia ao longo do dia", diz a assessoria da concessionária. "Se optar pela Tarifa Branca, o consumidor tem que ser disciplinado no gerenciamento de seu consumo, pois o horário de utilização da energia é fundamental para a economia na conta de luz. Caso o cliente não evitar o consumo de energia nos horários de ponta e intermediário, a adesão à Tarifa Branca irá resultar em uma conta de luz mais alta. Nessa situação, é mais vantajoso continuar na Tarifa Convencional."


Se optar pela nova tarifa, o consumidor vai receber um sua conta de luz mensal os valores de consumo discriminados conforme cada período (ponta, fora de ponta e intermediário).


De acordo com o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite, o objetivo da tarifa branca é desestimular o consumo no horário de pico, para dar mais segurança ao sistema elétrico. O executivo não deu uma estimativa sobre quanto o consumidor pode economizar com a migração. Para escritórios que funcionam em horário comercial, das 8h às 17 horas, por exemplo, a migração vale a pena.


Os valores da energia cobrada por empresa, bem como os horários de pico de cada uma, estão disponíveis no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "Cada consumidor deve fazer seus cálculos para verificar se vale a pena ou não aderir", disse Leite.





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