Ao contrário do que os leigos pensam, a homeopatia não deve ser considerada uma medicina alternativa. O clínico homeopata para medicar o doente precisa ouvir suas queixas e posteriormente fazer uma série de perguntas minuciosas a ele; para realizar a anamnese homeopática. A anamnese homeopática permite ao clínico tomar conhecimento dos sintomas apresentados pelo paciente e compará-los àqueles existentes nos livros de matéria médica homeopática e assim decidir quais medicamentos poderão ser usados para o tratamento.
Portanto, a diferença entre a homeopatia e a alopatia está apenas na forma de prescrever o medicamento, pois tanto o clínico homeopata como o não homeopata (alopata), precisa diagnosticar a doença que está acometendo o enfermo e para isso ambos recorrem aos mesmos métodos de diagnóstico, tais como os exames clínicos, os exames laboratoriais e exames por imagem (ultrassonografia, tomografia, raio X etc...).
Descobrir a doença, isto é, fazer o diagnóstico nosológico, é uma conduta importante, pois sem isso não é possível fazer o prognóstico clínico, que poderá revelar a gravidade da doença, se o paciente poderá ou não ficar com sequelas; se o caso deve ser tratado clinicamente e até mesmo se o doente tem chance de ser curado.
Os medicamentos homeopáticos, ao contrário dos fitoterápicos que são preparados, exclusivamente, usando-se plantas medicinais, podem ser feitos com substâncias vegetais, minerais e até mesmo com produtos obtidos no reino animal. Como exemplo pode-se citar: a Pulsatilla (do reino vegetal), Arsenicum álbum (reino mineral) e Lachesis; este último preparado com veneno de uma cobra. As substâncias, usadas no preparo de qualquer medicamento homeopático, devem, obrigatoriamente, ser diluídas e posteriormente submetidas a um processo denominado “sucussão”, que é um tipo especial de agitação do frasco do medicamento que permite transferência da energia existente nas referidas substâncias ao respectivo diluente.
Pelo exposto, podemos concluir que a ação terapêutica do remédio homeopático se faz pela energia contida nas diferentes substâncias usadas em seu preparo. Por outro lado, a ação terapêutica das plantas medicinais usadas, na fitoterapia, decorre das substâncias químicas nelas contidas e se o medicamento fitoterápico for administrado em altas doses pode intoxicar o paciente e eventualmente levá-lo à morte. A homeopatia, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, também pode causar efeitos indesejáveis ao doente; caso o remédio seja receitado por alguém que não tenha especialização nessa área.
Concluindo, talvez possamos considerar como pertencentes à “medicina alternativa” a cromoterapia, a medicina tradicional chinesa e a iridologia, uma vez que não utilizam métodos convencionais para fazerem o diagnóstico das diferentes doenças que acometem tanto o homem como os animais.