Jorge Seba, Luis Henrique Moreira, Carlão Pignatari, André Pessuto e Artur Watson durante o anúncio em SP. Foto: Divulgação
O "furo" foi aqui antecipado na quarta-feira, 19, em coluna publicada sob o título "Votuporanga pode virar "Metrópole Regional" englobando Fernandópolis, Jales e Santa Fé" (clique aqui para reler) e foi objeto de milhares de acessos, colocando-a dentre as "mais lidas" do site por três dias consecutivos e, como não poderia deixar de ser, chegou rapidamente no epicentro do poder estadual: Palácio dos Bandeiras e lideranças na Assembleia Legislativa (Alesp).
Sucintamente, abordamos naquela oportunidade a possibilidade de Votuporanga, seguindo os passos de Rio Preto, se transformar em sede de metrópole regional, subordinando, dentre outros municípios, Fernandópolis, Jales e Santa Fé do Sul sob seu comando.
Eis que a repercussão da pretensão votuporanguense se esvaiu frente à lógica, à péssima repercussão e ao desgaste político que tal ato governamental causaria, e no início da noite desta terça-feira, 25, chega-nos a confirmação oficial de que ao invés de lá sediar permanentemente a nova Zona Metropolitana, nascera um novo projeto, bem diferente do originalmente delineado.
Agora não será mais Zona Metropolitana de Votuporanga e sim "Aglomeração Urbana dos Grandes Lagos", aqui inclusos os 44 municípios circunvinhos à própria Votuporanga, a Fernandópolis, Jales e Santa Fé do Sul.
Mas será bem diferente!
A principal diferenciação, além da denominação, é que haverá, segundo o vice-prefeito fernandopolense Artur Watson Silveira (PSDB), uma rotatividade no município sede da "Aglomeração Urbana". Anual e sucessivamente ela será situada em Votuporanga, Fernandópolis e Jales (as três sedes administrativas atuais).
Muito provavelmente também deve haver um "rodízio" dos respectivos prefeitos na direção dessa entidade também.
E o que melhora?
Eis a indagação remanescente!
Qual o benefício, afora a bela intitulação, que o projeto trará?
Quem nos responde é o próprio presidente da Alesp, deputado Carlão Pignatari:
"Este é um grande projeto que estou defendendo junto à nova regionalização do Estado de SP e que vai elevar o patamar da nossa região, integrando os municípios, valorizando o nosso interior e viabilizando mais investimentos para a solução dos problemas regionais".
Segundo o presidente, na próxima sexta-feira, 28, uma reunião com diversas autoridades estaduais, incluindo secretários de Estado, ocorrerá em Votuporanga para a formalização do anúncio e maior detalhamento do projeto.
André Pessuto (DEM) é defensor dessa proposta, afirmando que as três sedes distritais unificarão os interesses e os pedidos de recursos, com um Plano Diretor de Desenvolvimento Regional único, enaltecendo o que cada um dos municípios têm de melhor.
De qualquer forma, ainda que não totalmente definida, eis uma proposta mais adequada à realidade regional, que respeita melhor a história fernandopolense e jalesense e que, inegavelmente, trará menos questionamentos e desgastes políticos.