Da Redação
Os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 3,977 bilhões em março, informou o Banco Central nesta quinta-feira, 5.
Esse resultado ocorre após dois meses seguidos em que houve mais retirada que entrada de recursos na poupança - em janeiro e fevereiro, saíram das cadernetas R$ 5,201 bilhões e R$ 708 milhões, respectivamente.
O resultado positivo de R$ 3,97 bilhões foi o maior para meses de março desde 2013, quando R$ 5,960 bilhões ingressaram na aplicação. Além disso, é a primeira vez desde 2014 que os depósitos superam os saques num mês de março.
ATRATIVIDADE DA POUPANÇA
Com a queda dos juros básicos da economia em 2017 e nos primeiros meses deste ano, a caderneta de poupança passou a render menos.
Pela norma em vigor, há corte no rendimento da poupança sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC.
Hoje a Selic está em 6,50% ao ano. Como a regra prevê que a correção da poupança seja de 70% dessa taxa, ela está hoje em 4,55% ao ano, mais Taxa Referencial.
Mas a queda de rendimento afeta também as aplicações conhecidas como prefixadas, ou seja, que têm por base a Selic.
Mesmo assim, segundo cálculos da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a poupança continuará sendo uma "excelente opção de investimento, principalmente sobre os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 1% ao ano".