Da Redação
Estiagem obriga produtores do Sudoeste de SP a economizar água
O sustento da família de Argemiro de Deus Brito, de Itapetininga (SP), vem da produção de leite. Todas as vacas são tratadas com muito carinho. O rebanho é pequeno, são apenas 12 animais com produção diária de 120 litros de leite. O problema agora está na qualidade da pastagem.
O capim seca nesta época do ano. Para não ter tanto prejuízo e gastar menos com alimento, Argemiro tentou improvisar um sistema de irrigação, mas não deu muito certo. Toda a água usada vem de um riacho que fica nos fundos do sítio. Como o nível baixou, ele teve que encontrar outra saída.
O criador parou de irrigar o pasto e investiu na silagem de milho. A prioridade é tentar manter os cochos sempre abastecidos com água e sem desperdício. Para se prevenir, ele também construiu uma bacia seca para armazenar a água das chuvas do fim do ano.
No sítio de Roberto Furuia, no município de São Miguel Arcanjo (SP), o sistema de reaproveitamento de água da chuva está praticamente parado. É um problema que pode comprometer a produção de pêssego.
Roberto tem sete plantações diferentes em 15 hectares. A irrigação é uma ajuda e tanto, mas para não ficar sem a água do açude, ele mudou a rotina de trabalho.
Ele ligava o sistema duas vezes por semana. Hoje, molha apenas as culturas que precisam de mais água. Além disso, cada pé ganhou adubo orgânico, que ajuda a manter a terra úmida. Esses cuidados garantem que os tomates produzidos em estufas não fiquem sem água.