EMPRESAS E NEG

Investimentos de PMEs paulistas crescem 21% no 1º semestre

Investimentos de PMEs paulistas crescem 21% no 1º semestre

Publicada há 6 anos

Assessoria de Imprensa - Desenvolve SP 



Em ritmo mais acelerado que a economia nacional, a paulista segue mostrando a sua força, é o que revela o balanço semestral da Desenvolve SP, agência de fomento estadual. De acordo com a instituição, as pequenas e médias empresas investiram 21% a mais nos primeiros seis meses de 2018 em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 203,8 milhões em empréstimos realizados.


Na análise setorial, a indústria continua sendo a que mais demanda recursos para investimentos no estado de São Paulo e representou R$ 91,8 milhões dos empréstimos realizados pela Agência no primeiro semestre do ano. No comparativo com o mesmo período de 2017, o valor registrou alta de 9%. O setor serviços aparece na sequência e manteve o ritmo de investimentos do ano anterior: R$ 58 milhões.


O comércio, por sua vez, foi o setor que apresentou o crescimento mais expressivo, injetando R$ 40,5 milhões na economia paulista neste primeiro semestre contra R$ 11,1 milhões em igual período de 2017. A alta foi de 264%. O restante do montante, R$ 14 milhões, foi demandado pelo setor público para obras de infraestrutura.


Investimentos de longo prazo

A aplicação dos recursos merece destaque. Dos R$ 203,8 milhões desembolsados pela Desenvolve SP entre janeiro e junho deste ano, 58% foram demandados para a realização de projetos de investimento ligados à inovação, expansão e modernização de empresas, contra 42% para operações de capital de giro. No primeiro semestre de 2017 a proporção foi de 54% e 46%, respectivamente.


"Apesar de um crescimento nacional mais tímido do que se previa, os números da Desenvolve SP mostram que as PMEs paulistas têm se mostrado mais confiantes para investir, principalmente na formação bruta de capital fixo, condição fundamental para que ampliem sua capacidade produtiva, gerando empregos e renda", diz Alvaro Sedlacek, presidente da instituição financeira.


Neste cenário, pontua o executivo, boa parte do resultado deste primeiro semestre é reflexo de investimentos planejados ainda na segunda metade de 2017. "Investimentos de longo prazo requerem um comprometimento maior por parte do empresariado que, além de necessitar maturar o seu projeto, precisa também estar seguro com os indicadores econômicos antes de comprometer o seu capital", analisa.  "Não vemos nesse balanço, portanto, os impactos da paralisação dos caminhoneiros que afetou drasticamente a produção industrial em todos os estados do Brasil", completa.


Inovação no radar

Os investimentos em inovação disruptiva e incremental continuam recebendo incentivos por parte da Desenvolve SP. De acordo com o levantamento, o segmento respondeu por quase 20% dos financiamentos ligados a projetos de investimento.

"Temos notado uma maior produção e aplicação de conhecimento tecnológico em todo o estado, principalmente por parte das PMEs mais próximas aos parques e centros de inovação. Com projetos cada vez mais consistentes, empresas de todos os setores da economia têm encontrado no crédito de longo prazo uma alternativa para se tornarem mais competitivas", analisa Sedlacek.


Dentro deste recorte, o setor de serviços foi o que mais investiu em inovação no primeiro semestre (R$ 12,4 milhões), seguido da indústria (R$ 6,7 milhões) e do comércio (R$ 1,4 milhão).


A força do interior

As empresas localizadas no interior paulista foram as que mais demandaram crédito no primeiro semestre de 2018, representando 70% dos R$ 203,8 milhões desembolsados em financiamentos pela Desenvolve SP. Entre as principais regiões atendidas estão a de Campinas, Sorocaba, Bauru e Ribeirão Preto. Os outros 30% dos empréstimos tiveram como destino a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).


Ainda de acordo com o balanço, houve um avanço na busca por crédito por parte das pequenas empresas, saltando de R$ 42,2 milhões no primeiro semestre de 2017 para R$ 77,8 milhões em 2018 (alta de 76%). No caso das médias, a demanda registrou um leve aumento de 1%, passando de R$ 124,3 milhões para R$ 126 milhões.

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