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Não é frescura: quatorze sintomas que indicam problemas de ansiedade

Não é frescura: quatorze sintomas que indicam problemas de ansiedade

Existem também questões genéticas que influenciam na ansiedade

Existem também questões genéticas que influenciam na ansiedade

Publicada há 8 anos



Quando não se conhece algo, a reação mais instintiva é ter medo. O desconhecido sempre assusta, pois ali não há qualquer controle possível. É difícil entender algo que você nunca experienciou, principalmente aquilo que está dentro da nossa mente. Os transtornos de ansiedade - como Síndrome do Pânico, TOC e fobias - são doenças muito reais para quem sofre com eles. O que é preciso entender é quando a emoção deixa de ser normal e passa a trazer prejuízos para a vida do indivíduo. A ansiedade é uma emoção instintiva, que faz parte dos sentimentos do ser humano. Os transtornos começam a aparecer quando esse nível de ansiedade aumenta. É natural sentir ansiedade antes de um encontro ou um evento muito importante. Já quem tem esse nível elevado, pode ter crises.


É importante ressaltar que, apesar da origem genética da doença, muitas pessoas relatam dificuldades em lidar com as pressões do dia a dia, principalmente quando se trata de carreira. Existem questões genéticas que influenciam sim, mas também uma questão muito comum é a sobrecarga de trabalho, de estresse generalizado (com muito trabalho e pouco lazer), em uma rotina de muita cobrança. A queixa número um hoje é tanto de quem se cobram muito ou quem se sentem muito cobrado no trabalho.


1. Preocupação excessiva: Todo mundo tem alguma coisa para se preocupar: o trabalho, as contas, a carreira, filhos, a aparência física... O que a diferencia para a ansiedade patológica é quando essas preocupações se tornam fatores limitantes, além de desencadearem outros sintomas. A pessoa se sente angustiada na necessidade absoluta de resolver aquilo o mais rápido possível - e se sente ainda pior quando não consegue.

 

2. Insônia: Se você já “perde o sono” por conta de um encontro, uma reunião importante no trabalho, imagine viver todos os dias varando noites por todos os motivos possíveis e imagináveis.

 

3. Ganho ou perda de peso muito acentuados: Sim, todos temos tendências a aproveitar um momento de estresse para descontar na comida - ou para simplesmente evitar a alimentação. E estudos comprovam que o açúcar é um terrível aliado na hora de liberar dopamina no cérebro, causando sensações similares ao uso de drogas. Além disso, é possível sofrer com distúrbios gastrointestinais nas crises de ansiedade, o que impede que você consiga se alimentar sem passar mal.

 

4. Evitar determinadas situações: Como você já deve ter percebido, o problema não é ser ansiosa, por si só: é quando isso começa a ter impacto na sua vida. Se você evita a todo custo ir à festas, em um encontro, falar em público ou qualquer outro momento que te causa algum desses sintomas, é melhor procurar ajuda.”É importante estimular a pessoa a procurar uma avaliação especializada. Se for, é uma doença que responde bem ao tratamento.

 

5. Memória e concentração prejudicadas: Começa a ficar mais difícil ter foco e até mesmo guardar lembranças e informações. O cérebro fica em constante estado de alerta - e é como se você não conseguisse se “desligar”. Aliás, o sono é um fator fundamental para melhorar essas condições.

 

6. Crises de pânico: Em um nível bem alterado, a pessoa pode passar a ter a chamada síndrome do pânico, que são muitas crises de ansiedade com picos muito elevados.  O sofrimento é muito grande: você tem uma sensação de morte eminente, o coração dispara, dá apneia e sudorese extrema.

 

7. Coração acelerado (taquicardia): De repente é como se seu coração pudesse pular para fora do seu peito. É uma sensação de que algo não está certo, mas você não consegue identificar o que. Isso pode ocorrer tanto em crises de pânico quando nas de ansiedade generalizada.

 

8. Falta de ar: Essa é um dos sintomas mais comuns dos momentos de picos muito elevados. É como se houvesse uma pedra no peito que dificulta a respiração.

 

9. Medos irracionais (fobias): A ansiedade é um sintoma presente em vários transtornos mentais: seria como falar em febre - muitas doenças se manifestam com esse sinal, membro filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Você começa a desenvolver um medo de situações e coisas que não tinha antes, como de répteis, viajar de avião, andar de carro etc.

 

10. Comportamentos compulsivos (TOC): Outra forma comum de manifestação está no Transtorno Obsessivo Compulsivo, no qual a pessoa encontra nos movimentos repetitivos e compulsivos um escape para a ansiedade. Lavar as mãos o tempo todo, precisar checar se trancou a porta de casa 10 vezes antes de sair ou só conseguir dormir depois de seguir uma estrita rotina são alguns exemplos.

 

11. Tensão muscular: Já se pegou pressionando os dentes tão forte que você começa a sentir dores no maxilar? Ou então sofre com o bruxismo, o famoso problema de ranger os dentes à noite? Até mesmo dores constantes no pescoço - que podem se transformar em dores de cabeça - são sinais de que você passa muito tempo “tensa”, sobrecarregando seu corpo.

 

12. Tremores: Tudo está bem e você começa a tremer, sem motivo aparente. Isso normalmente é acompanhado dos outros sintomas: taquicardia, sudorese, falta de ar...

 

13. Vícios: Pessoas que sofrem de algum transtorno de ansiedade costumam procurar escapes para as crises. Antes de se dar conta do que é, procurar ajuda e tratamento, a primeira escolha é um vício. Tabagismo, álcool, drogas ilícitas e compulsão alimentar são comuns nesses casos.

 

14. Irritabilidade: Você acaba sem paciência para nada e descontando o estresse nos outros. É difícil perceber quando isso não é só um traço da sua personalidade, mas um sinal de que algo não está bem


O tratamento


Apesar de ainda ser um tabu e isso tornar o diagnóstico e o tratamento mais complicados, os transtornos de ansiedade costumam ter uma boa reação dos pacientes ao longo do tempo. A medicação tem um papel importante no tratamento: elas não causam dependência e não viciam, mas precisam ser tomadas durante um período de pelo menos 6 meses, sendo um processo longo. Já a terapia ajuda a perceber quais situações precisam alterar o estilo de vida para melhorar a condição. E a atividade física cataliza o tratamento, tornando-o mais rápido e eficaz.


TENHA TEMPO PARA VOCÊ


Reserve espaço na correria diária para fazer o que você realmente gosta e se dedique mais a essas atividades. Pense nos seus projetos pessoais e se programe para realizá-los.

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