ENTRE LINHAS

Especial Eleições 2018: ELEITOS? #ELESSIM E #ELESNÃO

Especial Eleições 2018: ELEITOS? #ELESSIM E #ELESNÃO

Por Beto Iquegami

Por Beto Iquegami

Publicada há 6 anos


#ELESSIM


Pinato: o 2º reeleito que mais cresceu nas urnas

Ele venceu em 2014 com 22 mil votos, oriundos, basicamente, da microrregião noroeste. Agora fechou com 118.684 votos, provindos de centenas de municípios esparsos Estado afora, o que lhe valeu o 32º lugar no ranking dos mais votados, o quarto lugar no partido - o Progressistas - (o primeiro foi Guilherme Mussi com 134.301). Porém o dado mais positivo auferido dos números de Fausto é que ele foi, percentualmente, o segundo candidato reeleito que melhor desempenho teve em relação à eleição passada. O salto nos votos garantiu-lhe um acréscimo de 5,3 vezes em relação à votação de 2014, ou 437% a mais. Para se ter uma dimensão do feito, o primeiro colocado foi o filho do candidato a presidente, Eduardo Bolsonaro, que cresceu impressionantes 2.142%. Afora seus índices próprios, a “sorte” também aliou-se a Pinato. Adversários de peso no noroeste paulista sucumbiram às urnas (confira ao lado), aumentando-lhe exponencialmente o
campo de atuação (Araçatuba e Rio Preto não elegeram representantes) e abrindo espaço para majoração dos números em 2022. Analiticamente, a expressiva votação de Pinato fica mais evidente quando se tem em vista que dos deputados
federais reeleitos, a maioria disparada registrou queda no número de votos e, ainda, o altíssimo índice de nulos (11,06%), de brancos (7,53%) e de abstenções (21,53%, que, somatizados, resultam numa exclusão de 40,12%, especificamente para o cargo de deputado federal no território paulista.


Motta e Geninho: salvos pela Cláusula de Barreira

Afora Pinato, somente outros dois deputados federais foram eleitos em toda noroeste paulista. O presidente do Sindicato dos Comerciários Luiz Carlos
Motta-PR teve 75.218 votos (em 2014 obteve 94.992) e ocupou a 59ª vaga (de um total de 70) e o ex-prefeito de Olímpia Geninho Zuliani-DEM, pupilo de Rodrigo Garcia, que obteve 89.378 e ficou em 49º lugar. Detalhe: Ambos somente entraram devido à Cláusula de Barreira (mínimo de 10% do quociente eleitoral), porque as
vagas deveriam ser preenchidas por candidatos do PSL de Bolsonaro e só não o foram porque sete candidatos do partido não atingiram o mínimo exigido pela legislação eleitoral


Carlão, Itamar e Analice: vitórias expressivas

Também vitimados pelos índices de abstenções, brancos e nulos e ainda pela votação recorde da aliada bolsonarista Janaina Paschoal (2,06 milhões), o triunvirato tem em comum o fato de todos terem perdidos votos em relação ao pleito passado, mas, inobstante, conseguiram se reeleger para a Assembleia Paulista.
Outro detalhe: de Araraquara até a fronteira interestadual, apenas Carlão Pignatari e Itamar Borges conseguiram eleger-se (Analice tem domicílio eleitoral em Taboão da Serra). Aos números! Pignatari fechou a disputa com 74.006 votos e na 55ª colocação. Comparativamente, em 2014 teve 97.444 votos. O último colocado eleito de seu partido, o PSDB, foi Mauro Bragato com 65.475. Itamar Borges-MDB enfrentou (e venceu) seu ex-mentor Edinho Araújo, prefeito de Rio Preto, e que tentou emplacar (e fracassou) seu filho Edinho Filho. Borges. Ele havia obtido em 2014 99.558 votos, teve agora 82.185 e ficou no 42º dentre os mais votados.
No MDB, o último colocado eleito foi Léo Oliveira com 76.703 votos. Em Fernandópolis Itamar foi o quinto mais votado com 1.783. Já Analice Fernandes-PSDB, que em 2014 teve 151.407 votos, foi uma das eleitas que mais perdeu votos,
quantitativamente. Domingo ela foi a preferida por 110.089 eleitores e ficou na 23ª colocação do ranking estadual. Em Fernandópolis ela foi a segunda mais votada com 3.825. Detalhe interessante que se extrai dos números é o resultado da parceria Fausto Pinato e Carlão Pignatari em seus domicilios eleitorais. Em Fernandópolis Pinato foi o federal mais votado com 9.510 votos e Carlão o sexto estadual mais votado com 1.454 votos. Ou seja, Pinato conseguiu “repassar” 15%
de seus votos. Em Votuporanga Carlão foi o estadual mais votado com 23.555 e Pinato o segundo federal com 4.806 votos; ou seja, Carlão conseguiu “repassar” 20% de seus eleitores. Além dos três, outro nome conhecido por aqui que também foi eleito é Sebastião Santos-PRB, que tem domicílio eleitoral em Barretos. Ele foi reeleito com 75.280 votos. Em 2014 ele venceu com 95.325 votos. Outro eleito e que atua na região é Cauê Macris-PSDB que havia vencido em 2014 com 121.700 votos. Agora bateu nos 114.690 votos e ficou na 21ª posição.


#ELESNAO



Gimenes: campanha aquém do potencial de votos

Ele tinha, comparativamente a outros concorrentes da região, uma das tarefas menos árduas. Bastaria repetir a votação de 2014, podendo dar-se ao luxo de até perder votos que ainda assim estaria eleito. Mas uma campanha aquém das expectativas, tanto em termos de marketing, estrutura, apoiadores e visibilidade atrapalhou consideravelmente o potencial eleitoral que Gilmar detinha. Rememoremos que em 2014 o tucano teve 63.884. Agora, seu companheiro
de coligação eleito com menor votação foi Estevam Galvão-DEM com 59 mil votos,
ou seja, Gimenes venceria mesmo dando o luxo de perder mais de 4 mil votos. Perdeu mais! A metade. E teve 31.575 votos, o que o colocou no 143º lugar no
ranking estadual e longe da Assembleia Legislativa Estadual. Desta vez, ao contrário do ocorrido em 2014, ele sequer está no rol dos suplentes. Em Fernandópolis ele foi o estadual mais votado com 6.712 votos, 2.887 votos
acima da segunda colocada Analice Fernandes-PSDB.


Faxina geral: Rio Preto fica sem deputados

O desejo de renovação no pleito federal se repeti no estadual e figurões da política
regional estão sem mandatos. Rio Preto, sede de região com mais de 328 mil eleitores ficou sem um único representante, seja a nível federal ou estadual. O atual vice-prefeito Eleuses Paiva-PSD bateu na casa dos 80 mil votos e, assim como
o ex-prefeito Valdomiro Lopes-PSB (que teve 59 mil), foram barrados na disputa pela Câmara Federal. Na estadual eles os rio-pretenses tinham 3 representantes: João Paulo Rillo-PSOL (30.012 votos), Vaz de Lima-PSDB (51.520) e Orlando Bolçone-PSB (44.537). Todos ficaram pelo caminho na busca pela reeleição. Pertinho, mais precisamente em Catanduva, os dois representantes da Assembleia Estadual também sucumbiram ao processo renovatório. Beth Sahão-PT esbarrou nos 54 mil votos; Marco Vinholi-PSDB nos 53 mil. Dentre os derrotados um dado em comum: todos regrediram numericamente em relação aos votos obtidos em 2014. Campo aberto para Carlão Pignatari, Itamar Borges e Sebastião Santos.


Debutantes distantes do mínimo necessário

A região noroeste paulista tem somente 1,3 milhão de votos (região administrativa de Rio Preto), mesmo assim abundaram candidaturas de primeira viagem. Cabo Santos-PSL saiu com 4.949 votos, 2.966 dos quais do colégio eleitoral fernandopolense (foi o terceiro mais votado para estadual); o vereador Cidinho do Paraíso-PR, candidato a federal, foi o segundo mais votado em Fernandópolis, atrás apenas de Pinato. Ele registrou 4.548 na cidade e 5.693 no total. Ambos tiveram votação, digamos, “digna”; o mesmo não ocorreu com Hugo Rener-PROS que, mesmo tendo anunciado (e trabalhado) a candidatura antes dos demais, ficou com apenas 859 votos no total, sendo 576 no colégio local. Outro que trabalhou na região foi o delegado Sakashita-PHS que disputou pela Assembleia paulista e
fechou com 6.999 votos, 3.063 dos quais de Jales, seu domicílio eleitoral. Por lá, Luís Henrique-PODE teve 8.248 votos e foi o preferido. Em Votuporanga, o nativo João Garcia-PRB foi o mais votado para federal com 9.668 votos (Pinato foi o
segundo), terminando por receber um total de 13.269 votos.



ENQUANTO DISCUTÍAMOS O #ELESIM E O #ELENAO...



Começou a construção...

Um investimento de R$ 21,9 milhões teve início no Jayme Leone. Serão construídas 219 unidades habitacionais, fruto de uma parceria entra a Prefeitura de Fernandópolis (que doou o terreno) e o CDHU (licitante e administrador das obras). Previsão de entrega é para 2020. Inscrições logo serão abertas.


Sinval Malheiros ou Frota?
O deputado federal de Catanduva, não reeleito, destinou em seu atual mandato R$ 8 milhões para o Hospital de Base de Rio Preto. Sem ele e pela votação, terão que pedir para o Frota?


Decepção sem fim
Comenta-se que um dos mais decepcionados com a derrota nas urnas é o ex-secretário estadual de Alckmin Floriano Pessaro-PSDB. Ele teve 49.358 votos e “só” 3.626 em Votuporanga. Espera, no mínimo, o triplo.


Atual e ex-prefeitos na CEI
O atual prefeito Flá Prandi-DEM e os ex Humberto Parini, Nice Mistilides e Pedro Callado foram ouvidos na Câmara pela Comissão Especial de Inquérito-CEI que apura desvios de até R$ 10 milhões praticado por uma ex-tesoureira. Querem,
assim como todos, saber como foi possível tamanho desvio sem a Prefeitura notar.


R$ 49 milhões em impostos
Os votuporanguenses pagaram esse valor em impostos nos últimos nove meses
(média de R$ 5,5 milhões por mês. Detalhe: nos mesmo nove primeiros meses de 2017 o valor foi de R$ 44 milhões.


Santa Casa: agora vai?
Após decorrido mais de um ano da promessa aqui externada pela provedoria, finalmente o Pronto Socorro da Santa Casa irá passar por reformas. As obras terão início na próxima semana. Antes tarde do que nunca!


Bafômetro na Câmara
Vereadores jalesense aprovaram, por 9 a 1, projeto de lei que institui uma espécie de “bafômetro” no Legislativo. Agora, quem comparecer às sessões sob influência de álcool ou drogas será punido. O motivo da implantação da medida é a suspeita que está recaindo sobre um dos membros da Câmara atual.

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