Agentes da Polícia Federal vasculharam dois endereços em Rio Preto de sexta-feira, 14, para cá na caça ao terrorista Cesare Battisti, cuja prisão foi decretada no mesmo dia pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Desde então, ele é considerado foragido da Justiça. Na sexta-feira, sua extradição também foi autorizada pelo presidente Michel Temer.
Para facilitar a perseguição, a PF divulgou domingo, 16, simulações de 20 possíveis disfarces usados pelo italiano, que morou em Rio Preto até fevereiro de 2017, com mulher e um filho.
O Diário apurou que os agentes estiveram no antigo endereço de Battisti no Jardim Municipal, na região do Alto Alegre, a cerca de 250 metros da entrada da delegacia da Polícia Federal. A casa, porém, estava fechada.
Mas durante o monitoramento da casa em que o italiano morava, os agentes da PF viram um carro chegar ao local. Ao deixar a residência, o veículo foi seguido pelos policiais até uma chácara a 5 quilômetros da saída de Rio Preto para Guapiaçu. Os agentes encontraram no lugar a mãe do filho de Battisti. Eles revistaram o imóvel em busca de informações que pudessem levar ao paradeiro do terrorista. Segundo a PF, a mulher vive com outro homem.
Doze agentes federais cumpriram a ordem de busca e apreensão expedida pela Justiça Federal em Rio Preto. Após as diligências, a PF descartou a possibilidade de o italiano estar na cidade.
Condenado na Itália à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas, Battisti teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux. Na decisão, o ministro citou que após o ex-presidente Lula ter se negado a extraditar Battisti em 2010, o italiano cometeu outros crimes. No ano passado, o ativista foi detido na fronteira do Brasil com a Bolívia com aproximadamente R$ 10 mil em dinheiro.
A PF trabalha com a possibilidade de que o italiano esteja planejando deixar o País. Entre os destinos cogitados, a polícia desconfia que estariam a Bolívia e a Venezuela, países cujos governos são ideologicamente alinhados ao pensamento de esquerda, assim como o italiano.
Na época de Lula, Battisti recebeu asilo na condição de “refugiado político”.
Vizinhos da casa onde Battisti morava em Rio Preto disseram nesta segunda-feira, 17, que desde o ano passado o italiano, que era discreto, não foi mais visto no bairro. Em fevereiro do ano passado, o Diário revelou que Battisti morava em uma casa simples e passava por consultas médicas na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Americano.
Com informações: Diário da Região - www.diariodaregiao.com.br