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Luisa Mell vai a Brumadinho para ajudar no resgate de vacas: 'Revoltada'

Luisa Mell vai a Brumadinho para ajudar no resgate de vacas: 'Revoltada'

Anjos do Asfalto tentam retirar animais presos na lama de rejeitos

Anjos do Asfalto tentam retirar animais presos na lama de rejeitos

Publicada há 5 anos


Socorristas de grupos de proteção de animais ficaram desesperados neste domingo diante da dificuldade para salvarem duas vacas presas à lama em Brumadinho (MG). Uma das vacas, exausta, após dias presa na lama sem água e comida, teve que ser sacrificada com uma injeção letal. Foi deixada na própria lama. A outra ainda aguarda ser salva. Eles reclamam da falta de apoio para atuarem no salvamento dos animais atingidos pelo rompimento de uma barragem na última sexta-feira. A situação deles mobilizou voluntários e repercutiu bastante nas redes sociais.


Diante do ocorrido, a ativista pelos direitos dos animais Luisa Mell se sentiu na obrigação de ir até a região afetada para tentar otimizar o trabalho de resgate. A ativista contou que antes estava acompanhando o trabalho dos voluntários do instituto que leva seu nome. No entanto, eles frisavam haver muitos obstáculos durante as tentativas de salvamento.


Ela se dirigiu ao local na manhã desta segunda-feira, revoltada com a tentativa frustrada de salvar as vacas neste domingo. Luisa ressaltou que sua indignação também é pela falta de apoio da Vale de forma geral, por ter disponibilizado apenas um helicóptero para atuar nos salvamentos.


Segundo os socorristas, há enorme quantidade de animais presos na lamaçal, entre vacas, cães e capivaras. Pássaros presos em gaiolas em casas abandonadas foram soltos por bombeiros. Na manhã desta segunda-feira, um cachorro foi salvo.


— É por isso que eu vim, porque houve muita confusão ontem (domingo). Os voluntários do Instituto Luisa Mell estavam se preparando para trabalhar, mas falaram que outra barragem podia estourar, então voltaram à tarde para tentar tirar uma vaca da lama, mas tiveram que deixar os animais lá. Eles estão sem água, estão ali atolados morrendo. E a Vale só tem um helicóptero. Como assim só um? Estou bem revoltada. Vim pessoalmente pra tentar resolver, ter um olhar de perto para organizar melhor os resgates — afirmou.


Ainda segundo a ativista, ela faria um sobrevoo na região para verificar o estado do local e onde estão outros animais presos à lama, mas o mapeamento teria sido cancelado pelos bombeiros.


— Vou também me encontrar com os voluntários e participar da missão deles. Sei que as informações são bem desencontradas. Vamos ver o que conseguimos fazer por esses animais que não têm culpa nenhuma do que está acontecendo — disse, acrescentando que os socorristas têm contado com o apoio dos bombeiros.


Os voluntários do Instituto Luisa Mell ainda trabalham, por volta das 17h desta segunda-feira, no resgate de animais ilhados, sem terem acesso à comida ou água.

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