O saldo de emprego na indústria paulista ficou positivo em fevereiro. Foram geradas 2,5 mil novas vagas (0,11%) na comparação com janeiro, sem ajuste sazonal. Já feito o ajuste, há queda de -0,08%. Na comparação entre fevereiro deste ano com o mesmo mês de 2018 há uma queda de 1,85% no nível de emprego, com o fechamento de 40 mil postos de trabalho. No acumulado do ano, o saldo está positivo em 11 mil vagas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (19/03) pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).
Para José Ricardo Roriz Coelho, 2º vice-presidente da Fiesp, o resultado para o mês está dentro do esperado pela Fiesp. "O nível de emprego da indústria paulista está estável e o resultado do mês veio dentro de nossas projeções, mostrando um pequeno crescimento", avaliou.
Ainda segundo Roriz, para que haja uma consolidação do crescimento do emprego na indústria paulista, é necessária a aprovação da reforma da previdência. "Nos próximos meses, devemos seguir gerando novas vagas. Mas para que seja confirmada uma retomada do emprego é fundamental a aprovação da reforma da previdência", concluiu.
Desempenho por setores
Entre os setores acompanhados pela pesquisa, 50% apresentaram variações positivas, com 11 contratando, 7 demitindo e 4 permanecendo estáveis.
Os principais destaques ficaram por conta do segmento de couro e calçados, com geração de 1.451 vagas; coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (1.203) e produtos farmoquímicos farmacêuticos (497).
No campo negativo ficaram, principalmente, produtos alimentícios (-670); produtos diversos (-467) e impressão e reprodução de regravações (-389).
A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 37 Diretorias Regionais do Ciesp. Por grande região, a variação em fevereiro recuou -0,10% na Grande São Paulo (inclusive ABCD), no ABCD (-0,13%) e subiu 0,12% no Interior.
Entre as 37 diretorias regionais, houve variação nos resultados. Nas 14 que apontaram altas, destaque por conta de Franca (2,62%), com geração de 1.250 vagas, influenciada por couro e calçados (5,35%) e alimentos (0,32%); São José do Rio Preto (1,37%), com a criação de 1.200 postos de trabalho, por coque, petróleo e biocombustíveis (12,10%) e produtos alimentícios (1,75%).
Já das 15 negativas, destaque para Limeira (-3,25%), com o fechamento de 1.150 vagas, por produtos alimentícios (-71,91%) e máquinas e equipamentos (-0,85%) e Araçatuba (-1,57%), baixa de 800 postos, por alimentos (-3,70%).
*Assessoria de Imprensa