ARTIGO

A maturidade nos faz tolerantes

A maturidade nos faz tolerantes

Por Carlos Eduardo

Por Carlos Eduardo

Publicada há 5 anos

Perdoe-se! Na época você não tinha a maturidade de hoje.

Não se lamente! Naquele tempo você não tinha a sensibilidade para amar aquela pessoa do jeito que ela esperava ou merecia. Ainda bem! Talvez, atualmente, a pessoa certa esteja ao seu lado.

Tire esse arrependimento do peito! Você era muito novo para tomar aquela decisão tão importante em sua vida e, portanto, tinha poucas condições de fazer a escolha correta, embora a errada também lhe proporciona experiência e conhecimento.

Não seja tão exigente consigo mesmo! Aquela atitude impensada e suas consequências ficaram para trás, assim como ficaram no passado os seus erros. Deles, você guardou o protocolo que ensina a não repeti-los. 

Tenho certeza de que já pensou nessa máxima: “se eu pudesse voltar no passado, faria tudo diferente”. Mas, não podemos voltar, e se pudéssemos, perderíamos um tesouro nessa vida: a vivência dos fatos, os erros e os acertos (muitas vezes revelados apenas com o passar do tempo) e a oportunidade de aprendermos. 

O acúmulo de erros e acertos em diversas situações cria memórias em nosso pensamento e deixa marcas em nossa alma, influenciando nossa postura e as nossas decisões diante das próximas encruzilhadas encontradas ao longo da estrada que trilhamos nessa existência. Toda vez que paramos em frente a uma delas, parece que uma voz sussurra em nossos ouvidos, direcionando-nos ao caminho correto a ser escolhido. 

Podemos chamar essa voz de experiência, algo que nos leva à sabedoria. Não confundi-la com inteligência. Essa, talvez seja inata à pessoa, aquela, adquire-se com o tempo. E sabedoria e maturidade são duas faces da mesma moeda.

A maturidade retira a cera que recobre nossos olhos, ampliando a nossa visão, fazendo-nos enxergar situações que antes nos pareciam obscuras.

A maturidade nos ajuda a selecionar amigos, reconhecer pessoas, adequadas e inadequadas para nossas vidas.

Ensina-nos a evitar algumas situações, principalmente aquelas que nos retiram a paz (essas são as mais caras).

A maturidade nos fornece subsídios que nos orientam a reconhecer o caminho correto, que nem sempre é o mais curto, muito menos o mais fácil (quase sempre não), mas, certamente, é o que trará maior satisfação sem prejudicar ninguém. E, para aqueles que têm consciência (infelizmente muitos não têm), o caminho correto é sempre aquele que fará que recostemos, tranquilos e sem peso na consciência, a cabeça no travesseiro ao dormirmos à noite.

A maturidade é cautelosa, não gosta de precipitação, preza pelo bom senso, pela justiça e pela empatia.

Ela nos torna menos draconianos, mais compreensivos e transigentes em nossas autocríticas. A maturidade nos faz tolerantes.

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