Da Redação
A demanda chinesa por oleaginosas aumenta à medida que a epidemia de febre suína africana se dissemina pelo país. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a demanda por produção de frango, carne bovina e aquicultura segue em alta, mas com temores de problemas de saúde e desejo do consumidor de diversificar a dieta.
"A produção nacional de sementes oleaginosas da China permanecerá estagnada no ano comercial de 2019/2020, enquanto a demanda interna por produtos oleaginosos continuará a crescer de forma constante, apesar do impacto da ASF", disse o USDA. “Portanto, a China continuará a depender das importações de sementes oleaginosas do Brasil, dos Estados Unidos, da Argentina e do Canadá”, completa.
A produção de soja da China no ano de 2019/2020 é de 16,4 milhões de toneladas, um aumento de 4% em relação ao ano anterior. O USDA informou que a produção estimada de soja para o ano de mercado de 2018/2019 foi maior do que no ano anterior devido a mudanças nos subsídios do governo.
De acordo com o Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Oleaginosas da China (CNGOIC), até o final de dezembro de 2018, os agricultores ainda detinham cerca de 70% de sua produção, em comparação com 50% a 60% nos últimos anos.
“No final de fevereiro de 2019, citando a necessidade de estabilizar o mercado, o governo provincial de Heilongjiang ofereceu aos agricultores um preço de compra de soja entre RMB3.420 e RMB3.460 por tonelada, ou entre US$ 518 e US$ 525 por tonelada. O ritmo de comercialização relativamente lento para o ano de 2018/2019 pode ofuscar a semeadura de soja no ano de mercado seguinte", conclui o USDA.