ECONOMIA

Segundo pesquisa, 1 em cada 4 usuários de cartão entrou no crédito rotativo

Segundo pesquisa, 1 em cada 4 usuários de cartão entrou no crédito rotativo

Em fevereiro, a taxa média de juros cobrados no cartão de crédito rotativo era de 286,9% ao ano

Em fevereiro, a taxa média de juros cobrados no cartão de crédito rotativo era de 286,9% ao ano

Publicada há 5 anos

Imagem Ilustrativa


Da Redação

A cada quatro brasileiros que fizeram compras no cartão de crédito, um deles (25%) entrou no rotativo em fevereiro, uma das modalidades de empréstimo mais caras do mercado. A linha é usada por quem atrasa a fatura ou não paga o valor integral por mais de 30 dias.

O dado é de uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Para usar o rotativo, o consumidor paga qualquer valor entre o mínimo e o total da fatura. O restante é automaticamente financiado e lançado no mês seguinte, com juros.

Em fevereiro, a taxa média de juros cobrados no cartão de crédito rotativo era de 286,9% ao ano, só perdendo para o cheque especial.

Segundo o levantamento, 37% dos consultados optaram pelo cartão para fazer algum tipo de compra, a primeira opção de crédito do brasileiro. Assim, o uso do cartão ficou bem à frente do crediário, utilizado por 10% dos consumidores.

Em nota, o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, declarou que as facilidades oferecidas pelo cartão de crédito e o aumento da sua aceitação pelos estabelecimentos comerciais "são as principais razões para a liderança no ranking".

Já o limite do cheque especial foi citado por 9% dos consumidores, enquanto os empréstimos e financiamentos foram utilizados por 7% e 5%, respectivamente. Ao todo, 44% dos consumidores utilizaram, ao menos, uma dessas opções de crédito ao longo do mês de fevereiro, ante 56% que não usaram nenhuma.

No limite do orçamento

A pesquisa da CNDL/SPC mostrou, ainda, que a situação financeira da maior parte dos brasileiros é dramática – 76% deles responderam que têm vivido no limite de seu orçamento.

Destes, quase metade (45%) disseram que se mantêm no "zero a zero", ou seja, não sobra dinheiro algum no fim do mês para poupar ou investir. Outros 32% afirmaram que estão no vermelho, com dívidas em atraso. Apenas 15% dos consultados estão no azul.

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