NOVA ETAPA

Projeto de preservação de onças-pardas estuda habitat dos felinos

Projeto de preservação de onças-pardas estuda habitat dos felinos

Programa é desenvolvido pela AES Tietê em parceria com a ONG Instituto Pró-Carnívoros e tem o objetivo de preservar e avaliar a situação da fauna do entorno das usinas

Programa é desenvolvido pela AES Tietê em parceria com a ONG Instituto Pró-Carnívoros e tem o objetivo de preservar e avaliar a situação da fauna do entorno das usinas

Publicada há 8 anos


Três onças-pardas, capturadas nas proximidades da Usina Hidrelétrica de Promissão em 2015, são monitoras através de rádio-colares



Da Redação


A AES Tietê, braço de geração e comercialização da AES Brasil, e a ONG Instituto Pró-Carnívoros seguem com o projeto “A Onça-parda na Bacia do Rio Tietê” em uma nova etapa de estudos. O programa é desenvolvido desde o final de 2013 e busca a preservação desta espécie, que é essencial para a manutenção da diversidade biológica e da integridade dos ecossistemas em que vive. 


Sua proteção assegura o equilíbrio de várias outros animais. Em 2015,  a equipe do projeto realizou a captura de três onças-pardas nas proximidades da Usina Hidrelétrica de Promissão para a colocação de rádio-colares que registram constantemente a localização dos animais. Iniciou-se então uma nova etapa do programa, que buscava gerar informações que subsidiariam estratégias de conservação da onça-parda e consequentemente de várias outras espécies da fauna silvestre brasileira. Após 10 meses de monitoramento, o projeto constatou que as fêmeas continuaram próximas às regiões em que foram capturadas, utilizando áreas dos municípios de Barbosa, Avanhandava e Promissão. 


Já o macho, que é jovem e está estabelecendo território, não continuou nesta região, e estabeleceu-se em uma área a 85 km do local de captura, próximo às cidades de Bacuriti, Simões, Pongaí e Pradínia. A análise prévia das localizações das onças indica que a espécie é bastante adaptável e consegue se movimentar mesmo por áreas bastante afetadas pela ação do homem. No entanto, embora as onças-pardas atravessem esses territórios, elas ainda necessitam do uso intenso de locais remanescentes de vegetação natural, utilizando inclusive os espaços restaurados pela AES Tietê no entorno do reservatório da Usina Hidrelétrica de Promissão. Segundo a bióloga Tatiane Cristina Rech, analista de Meio Ambiente da AES Tietê, o objetivo do projeto é usar a onças-pardas também como ferramentas de conservação, devido às suas necessidades de se estabelecerem em grandes áreas com bases estáveis de presas para alimentação. 


"Dessa forma, os dados de movimentações dos animais servirão como indicação das áreas importantes de serem preservadas ou restauradas, e mostrarão o padrão de distribuição e deslocamento desses predadores, além das principais presas utilizadas como alimento” explica a bióloga.

últimas