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Bunge e BP criam empresa líder em bioenergia

Bunge e BP criam empresa líder em bioenergia

Acordo representa um marco importante no processo de otimização de portfólio da Bunge.

Acordo representa um marco importante no processo de otimização de portfólio da Bunge.

Publicada há 5 anos


Assessoria de Imprensa Bunge

A Bunge (NYSE:BG) ("Bunge" ou "a Companhia"), líder em agronegócio, alimentos e ingredientes, anunciou hoje um acordo com a BP plc (NYSE:BP) para constituição de uma joint venture 50:50, que resultará na criação de uma líder em bioenergia (a "joint venture") no Brasil, um dos mercados de biocombustíveis que mais cresce no mundo.

A Bunge receberá pela operação o valor de US$775 milhões, composto de US$700 milhões relativos à dívida sem recurso da Bunge a ser assumida pela joint venture no fechamento da operação, além de US$75 milhões da BP, sujeito a condições habituais de fechamento. O valor será utilizado para reduzir o endividamento existente segundo as linhas de crédito da Companhia, resultando em um balanço patrimonial mais forte e maior flexibilidade financeira.

O acordo dá continuidade à estratégia da Bunge de otimização de portfólio. "Essa parceria com a BP representa um marco importante no processo de otimização de portfólio da Bunge, o qual nos permitirá reduzir nossa atual exposição ao negócio de açúcar e bioenergia, fortalecer nosso balanço patrimonial e focar em nossas principais atividades. Temos na BP um parceiro forte e comprometido, assim como flexibilidade no médio e longo prazos para monetização futura, com potencial de saída total via oferta pública inicial (IPO) ou outra rota estratégica", disse Gregory A. Heckman, CEO global da Bunge.

A joint venture, que será chamada de BP Bunge Bioenergia, operará independentemente, com um total de 11 usinas localizadas nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil. Com 32 milhões de toneladas de capacidade de moagem combinada por ano, a joint venture terá a flexibilidade de produzir um mix de etanol e açúcar. Também gerará eletricidade renovável a partir de bagaço de cana-de-açúcar, por meio de suas unidades de cogeração, para sustentar todas as suas unidades e vender a eletricidade excedente à rede elétrica brasileira. Os ativos da BP e da Bunge são amplamente complementares, com unidades em cinco estados brasileiros, incluindo três na região-chave de São Paulo. O negócio combinado se tornará o segundo maior player da indústria no Brasil, em capacidade efetiva de moagem. 

Dev Sanyal, chief executive da BP Alternative Energy, disse: "Biocombustíveis desempenham um papel fundamental na transição energética, e o Brasil é líder no desenvolvimento desse setor em escala. Este importante passo permitirá à BP aumentar significativamente a escala, a eficiência e a flexibilidade de nosso negócio em um dos mercados de biocombustíveis que mais crescem no mundo. Com um compromisso conjunto com a segurança e a sustentabilidade, unir nossos ativos e experiência possibilitará melhorar o desempenho, desenvolver opções de crescimento e gerar valor real. A BP Bunge Bioenergia estará bem posicionada para apoiar a crescente demanda do Brasil por biocombustíveis e bioeletricidade de baixo carbono."

Após a conclusão, o objetivo é que a BP Bunge Bioenergia gere significativas sinergias operacionais e financeiras, inclusive por meio de eficiências de escala e aplicação de melhores práticas, otimização de tecnologias e capacidades operacionais em todos os ativos do negócio.

A nova empresa deve ter sede em São Paulo. Mario Lindenhayn, da BP, será o Executive Chairman e Geovane Consul, da Bunge, será o Chief Executive Officer (CEO). A BP e a Bunge terão igual representação no Conselho de Administração.

Resumo da Operação

• Joint venture, com 50% de participação de cada empresa, dos negócios de produção de açúcar e bioenergia da BP e da Bunge no Brasil.

• Valor total de US$775 milhões à Bunge oriundo da operação.

• A joint venture operará independentemente; e no fechamento da operação, a Bunge não mais consolidará suas operações de açúcar e bioenergia no Brasil em suas demonstrações financeiras consolidadas. A Bunge contabilizará sua participação na joint venture segundo método da equivalência patrimonial.

Prazos para Aprovações e Fechamento

A operação foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração da Bunge. O fechamento da operação deve ocorrer no quarto trimestre de 2019, sujeito à aprovação das autoridades competentes.

Consultores

Pela Bunge, o Itaú BBA atuou como consultor financeiro e o Lefosse Advogados atuou na assessoria jurídica da operação.

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