Assessoria de Imprensa Bunge
A Bunge (NYSE:BG) ("Bunge" ou "a Companhia"), líder em agronegócio, alimentos e ingredientes, anunciou hoje um acordo com a BP plc (NYSE:BP) para constituição de uma joint venture 50:50, que resultará na criação de uma líder em bioenergia (a "joint venture") no Brasil, um dos mercados de biocombustíveis que mais cresce no mundo.
A Bunge receberá pela operação o valor de US$775 milhões, composto de US$700 milhões relativos à dívida sem recurso da Bunge a ser assumida pela joint venture no fechamento da operação, além de US$75 milhões da BP, sujeito a condições habituais de fechamento. O valor será utilizado para reduzir o endividamento existente segundo as linhas de crédito da Companhia, resultando em um balanço patrimonial mais forte e maior flexibilidade financeira.
O acordo dá continuidade à estratégia da Bunge de otimização de portfólio. "Essa parceria com a BP representa um marco importante no processo de otimização de portfólio da Bunge, o qual nos permitirá reduzir nossa atual exposição ao negócio de açúcar e bioenergia, fortalecer nosso balanço patrimonial e focar em nossas principais atividades. Temos na BP um parceiro forte e comprometido, assim como flexibilidade no médio e longo prazos para monetização futura, com potencial de saída total via oferta pública inicial (IPO) ou outra rota estratégica", disse Gregory A. Heckman, CEO global da Bunge.
A joint venture, que será chamada de BP Bunge Bioenergia, operará independentemente, com um total de 11 usinas localizadas nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil. Com 32 milhões de toneladas de capacidade de moagem combinada por ano, a joint venture terá a flexibilidade de produzir um mix de etanol e açúcar. Também gerará eletricidade renovável a partir de bagaço de cana-de-açúcar, por meio de suas unidades de cogeração, para sustentar todas as suas unidades e vender a eletricidade excedente à rede elétrica brasileira. Os ativos da BP e da Bunge são amplamente complementares, com unidades em cinco estados brasileiros, incluindo três na região-chave de São Paulo. O negócio combinado se tornará o segundo maior player da indústria no Brasil, em capacidade efetiva de moagem.
Dev Sanyal, chief executive da BP Alternative Energy, disse: "Biocombustíveis desempenham um papel fundamental na transição energética, e o Brasil é líder no desenvolvimento desse setor em escala. Este importante passo permitirá à BP aumentar significativamente a escala, a eficiência e a flexibilidade de nosso negócio em um dos mercados de biocombustíveis que mais crescem no mundo. Com um compromisso conjunto com a segurança e a sustentabilidade, unir nossos ativos e experiência possibilitará melhorar o desempenho, desenvolver opções de crescimento e gerar valor real. A BP Bunge Bioenergia estará bem posicionada para apoiar a crescente demanda do Brasil por biocombustíveis e bioeletricidade de baixo carbono."
Após a conclusão, o objetivo é que a BP Bunge Bioenergia gere significativas sinergias operacionais e financeiras, inclusive por meio de eficiências de escala e aplicação de melhores práticas, otimização de tecnologias e capacidades operacionais em todos os ativos do negócio.
A nova empresa deve ter sede em São Paulo. Mario Lindenhayn, da BP, será o Executive Chairman e Geovane Consul, da Bunge, será o Chief Executive Officer (CEO). A BP e a Bunge terão igual representação no Conselho de Administração.
Resumo da Operação
• Joint venture, com 50% de participação de cada empresa, dos negócios de produção de açúcar e bioenergia da BP e da Bunge no Brasil.
• Valor total de US$775 milhões à Bunge oriundo da operação.
• A joint venture operará independentemente; e no fechamento da operação, a Bunge não mais consolidará suas operações de açúcar e bioenergia no Brasil em suas demonstrações financeiras consolidadas. A Bunge contabilizará sua participação na joint venture segundo método da equivalência patrimonial.
Prazos para Aprovações e Fechamento
A operação foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração da Bunge. O fechamento da operação deve ocorrer no quarto trimestre de 2019, sujeito à aprovação das autoridades competentes.
Consultores
Pela Bunge, o Itaú BBA atuou como consultor financeiro e o Lefosse Advogados atuou na assessoria jurídica da operação.