PARANAPUÃ
Assessor de ex-prefeito terá que devolver dinheiro ao erário público
Assessor de ex-prefeito terá que devolver dinheiro ao erário público
Ele já tinha sido condenado pela Justiça de Jales, em 2017, e agora o TJ confirma que ele terá que devolver dinheiro aos cofres públicos de Paranapuã.
Ele já tinha sido condenado pela Justiça de Jales, em 2017, e agora o TJ confirma que ele terá que devolver dinheiro aos cofres públicos de Paranapuã.
Da redação
O TJ-SP confirmou a condenação de Vangleiby da Cruz Martinez, ex-assessor de gabinete do ex-prefeito de Paranapuã, Antônio Melhado Neto, que foi acusado de enriquecimento ilícito pelo Ministério Público de Jales. Ele já tinha sido condenado pela Justiça de Jales, em 2017, e agora o TJ confirma que ele terá que devolver dinheiro aos cofres públicos de Paranapuã.
O valor, no entanto, não deverá causar grande desfalque às economias do ex-assessor. Na Justiça de Jales, ele tinha sido condenado a devolver módicos R$ 42,70. Vou repetir por extenso: quarenta e dois reais e setenta centavos. No TJ-SP, o valor da devolução foi aumentado para R$ 554,40.
Para quem não se lembra, Vangleiby foi flagrado pelas câmeras do programa “Fantástico“, da rede Globo, em reportagem sobre o mau uso de veículos oficiais, exibida em setembro de 2013. Na ocasião, os repórteres do “Fantástico” seguiram o ex-assessor por cerca de 100 quilômetros e o mostraram fazendo ultrapassagens perigosas e irregulares, em alta velocidade.
O problema, porém, não foram as ultrapassagens ou a velocidade do carro oficial, mas a utilização dele em viagem de interesse meramente particular. Segundo a reportagem e o Ministério Público, Vangleiby teria viajado 370 quilômetros – de Paranapuã a Rio Preto, passando por Araçatuba – para ver um veículo que pretendia adquirir.
A equipe, que seguiu o então assessor até São José do Rio Preto, constatou que ele foi direto a uma empresa revendedora de carros usados. Segundo o repórter Maurício Ferraz, um dos vendedores da loja confirmou que Vangleiby já tinha ligado antes, interessado em um veículo.
O repórter confirmou, também, que o flagrante gravado pelas câmeras da Globo foi um acaso: “Nós estávamos voltando para o Rio de Janeiro, quando aquele veículo com placa oficial nos ultrapassou em alta velocidade. Resolvemos, então, segui-lo”.
Na ação civil pública ajuizada em 2016, o MP pedia, além do ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos, a aplicação de uma multa de R$ 88 mil, referente aos danos morais coletivos causados à pacata população de Paranapuã, que, em sua maioria, ficou indignada com a atuação do assessor.
No entanto, nem o juiz jalesense José Geraldo Nóbrega Curitiba, nem os desembargadores do TJ-SP, concordaram com o pagamento dos danos morais coletivos pleiteados pelo Ministério Público. Para eles, apesar da grande repercussão da matéria do “Fantástico”, o caso não é de gravidade tal que justifique o pagamento de danos morais coletivos.
Fonte: Blog do Cardosinho