FINANÇAS

Queda de gastos com a folha salarial teve corte de comissionados e de gratificações

Queda de gastos com a folha salarial teve corte de comissionados e de gratificações

Recursos extras podem ajudar no calendário de obras do governo Pessuto em ano eleitoral

Recursos extras podem ajudar no calendário de obras do governo Pessuto em ano eleitoral

Publicada há 4 anos

André Pessuto na coletiva que anunciou investimentos em educação e confirmou a queda no gasto com a folha salarial


Gustavo Jesus

Na coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, 25, o prefeito André Pessuto (DEM) confirmou a informação adiantada pela coluna "Entre Linhas", publicada nas versões impressa e digital de O Extra.net no sábado, 22, que a folha salarial da Prefeitura de Fernandópolis foi reduzida para cerca de 48,5% do orçamento.

De 54% para 48,5%: cortes de comissionados 
Para chegar a redução de 6% na folha salarial foram necessários cortes abruptos em cargos comissionados. Entre 2017 e 2018 quase uma centena desses cargos de livre nomeação foram suprimidos para que os gastos com salários não ultrapassassem os 54% de limite estabelecidos pelo Tribunal de Contas.

No primeiro grande corte, ocorrido em meados de 2017, foram demitidos cerca de 30 funcionários que ocupavam cargos comissionados. Já no final de 2018 outros 60 cargos foram afetados entre demissões e o retorno de funcionários para o cargo de origem, o que resultou no corte de gratificações e na consequente queda de salários.

Possibilidade de investimentos
Além de estabelecer uma distância razoável para o limite de gastos com o funcionalismo público imposto pelo TCE, a queda do gasto com a folha salarial tem impacto direito na possibilidade de investimentos do município em obras com recursos próprios. Com a dificuldade da liberação de Emendas Parlamentares devido às dificuldades econômicas que o país enfrenta, ter esses recursos disponíveis pode ser crucial para Pessuto em um ano eleitoral.

O corte de 5,5% representa um pouco mais de R$300 mil mensais, valor que a Prefeitura pode  investir em obras não contempladas por emendas, convênios ou empréstimos. Isso significa por ano um investimento próximo ao que foi anunciado hoje com as obras voltadas à educação - R$3 milhões com recursos próprios.

Reajuste de servidores
Ainda que a administração esteja otimista com a economia gerada com os cortes na folha, e as possibilidades de investimento, o funcionalismo público deve aproveitar a situação para reivindicar aumentos.

De acordo com Claudinei Senha, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Fernandópolis, esse seria o momento ideal para que houvesse reposição salarial acima do nível da inflação. "Nenhum prefeito aumentou o salários dos funcionários públicos além da inflação. Nós temos quase 37% de perda salarial só de 2000 para cá. Esse seria o momento ideal, aproveitando essa folga, para um prefeito dar um aumento que signifique ganho real nos salários", disse Claudinei.

Vereadores também têm falado nos bastidores que serão favoráveis a todos os projetos relativos à aumento de salários que forem enviados para a Casa.

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