SUCESSÃO
Após prisão de Walter Faria, filha assume o comando do Grupo Petrópolis
Após prisão de Walter Faria, filha assume o comando do Grupo Petrópolis
Desde 2016, Walter Faria já vinha treinando a filha para sucedê-lo
Desde 2016, Walter Faria já vinha treinando a filha para sucedê-lo
Yago Araújo
O empresário do ramo de bebidas Walter Faria, foi preso no dia 5 de agosto em Curitiba, após cinco dias foragido, acusado de corrupção por lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. Desde então o cargo de presidente do Grupo Petrópolis está interinamente nas mãos de sua filha, Giulia Faria, de 28 anos.
Desde 2016, Walter Faria já planejava que Giulia, na época com 24 anos, iria sucedê-lo um dia, e por conta disso ela estava "em treinamento”. Mas os fatos acabaram acelerando o processo.
Giulia começou a trabalhar na cervejaria da família em 2014, na área de marketing e em 2016 já tinha sob seu comando todas as campanhas publicitárias do grupo, além de ser responsável pela pesquisa de expansão da empresa no ramo das cervejas premium.
No entanto, com certeza a herdeira está enfrentando seu maior desafio até hoje. Segundo reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo”, desde que o fundador deixou o cargo de presidente, o grupo Petrópolis, vem tentando empréstimos com instituições bancárias do exterior, além de fundos de investimento para empresas com dificuldade de bancar projetos de expansão.
A prisão de Faria levou o grupo a ser considerado um ativo ’perigoso’ por eventuais interessados em comprar a cervejaria, como as rivais Heineken, Femsa e Coca-Cola.
Ainda assim a Petrópolis afirmou ao jornal, que a venda do controle do negócio ou a busca de um sócio é "totalmente descartada”. E diz que os projetos empresariais e de marketing seguem em seu ritmo normal.