IMPOSTÔMETRO

Impostômetro ACSP: o ano mal começou e lá se vão R$ 100 bilhões do bolso dos brasileiros

Impostômetro ACSP: o ano mal começou e lá se vão R$ 100 bilhões do bolso dos brasileiros

Montante que envolve impostos, taxas e contribuições pagos pela população desde o início do ano

Montante que envolve impostos, taxas e contribuições pagos pela população desde o início do ano

Publicada há 4 anos

Imagem Ilustrativa

Da Redação

Não foram necessárias nem duas semanas completas em 2020 para que R$ 100 bilhões deixassem o bolso dos brasileiros em direção aos cofres dos governos. Esse é o valor que o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) irá mostrar às 12h50 deste domingo (12/1), montante que envolve impostos, taxas e contribuições pagos pela população desde o início do ano.

O valor arrecadado nos 12 primeiros dias do ano é semelhante ao registrado em 2018 e 2019 em 13 de janeiro, o que mostra que a economia ainda segue um ritmo lento de recuperação. Para Emílio Alfieri, economista da ACSP, o que explica a arrecadação elevada em uma economia morna é a eleva carga tributária que temos no país.

Reduzir essa carga de impostos, segundo o economista, não está na mira de governantes e congressistas nesse momento. "Mesmo arrecadando muito, os governos gastam muito. Esse valor de R$ 100 bilhões, por exemplo, é equivalente ao déficit público esperado para 2019", lembra Alfieri.

O economista da ACSP diz que mesmo com os esforços do governo federal para fazer o ajuste fiscal, principalmente por meio de reformas, não haveria espaço para reduzir a carga tributária. "As propostas de reforma tributárias que tramitam no Congresso não reduzem a carga, buscam simplificar o sistema, o que já seria um avanço. Vale lembrar que hoje temos mais de 60 tributos vigorando", diz Alfieri.

Sem perspectivas de uma redução nos impostos, é importante que os brasileiros tenham consciência daquilo que estão pagando aos governos para que possam cobrar um retorno - na forma de serviços púbicos – compatível ao da grandeza da arrecadação.

Nesse sentido, a ACSP lançou em 1º de janeiro a campanha "Novo Ano Novo".

A ação quer conscientizar os brasileiros ao mostrar que é necessário trabalhar 153 dias no ano somente para pagar impostos. Por essa perspectiva, apenas a partir do dia 02 de junho o ano começa.

 A iniciativa também engloba uma petição on-line disponível no hotsite https://novoanonovo.org/.

Com um milhão de assinaturas, a ACSP levará ao Congresso Nacional um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para oficializar o dia 2 de junho como feriado nacional, assim como o 1º de janeiro.

Para a ACSP, transformar esse dia em feriado nacional é uma forma de ressaltar o valor pago em impostos até a data.

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