JANEIRO

Em 2020, dengue avança na região e deixa municípios em estado de alerta

Em 2020, dengue avança na região e deixa municípios em estado de alerta

Como em 2019, a dengue preocupa novamente moradores da região; orientação e eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão sendo intensificadas pelas administrações municipais

Como em 2019, a dengue preocupa novamente moradores da região; orientação e eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão sendo intensificadas pelas administrações municipais

Publicada há 4 anos

Breno Guarnieri 

O avanço de casos de dengue em municípios da região noroeste do estado de São Paulo está deixando autoridades e, principalmente, moradores em alerta contra a doença. Para se ter uma ideia, em Votuporanga 1.043 casos positivos de dengue foram registrados somente no primeiro mês de 2020. A cidade vive uma epidemia desde o ano passado.

De acordo com a Secretaria de Saúde, que divulgou o boletim epidemiológico na última terça-feira, 29, há 2.559 notificações e 1.639 pessoas ainda aguardam os resultados de exames. Ações tradicionais como orientação e eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão sendo realizadas em diversos bairros de Votuporanga. Agentes de Saúde também estão percorrendo os imóveis onde existem pessoas acamadas para combater o mosquito da dengue utilizando um aspirador

“Eu me preocupo com a minha família. Tenho duas crianças pequenas e fico com muito medo delas contraírem dengue. Sempre estou monitorando o meu quintal para não ter focos e espero que os meus vizinhos também estejam fazendo o mesmo”, destacou a dona de casa Marlene Soares, moradora no bairro Pozzobon, em Votuporanga. 

Em Fernandópolis, que em 2019 registrou a maior epidemia de sua história com cerca de 4,6 mil casos positivos, neste ano, 24 casos positivos já foram confirmados pela Prefeitura. Há 77 notificações no município, tendo em vista que 12 foram descartadas e 41 estão pendentes. Ações como orientação e eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti também estão sendo realizadas em Fernandópolis.

“Eu já tive dengue e é horrível. Não desejo isso pra ninguém. Não podemos somente colocar a culpa nas autoridades. Precisamos fazer a nossa parte e sermos conscientes, pois é uma doença que mata”, salientou o professor de Matemática, Alberto Martins, morador no bairro Coester, zona leste de Fernandópolis.

A Secretaria de Saúde de Rio Preto divulgou nesta sexta-feira, dia 31, o primeiro boletim epidemiológico da dengue de 2020. Foram notificados 746 casos, dos quais 117 foram confirmados. Outros 571 estão sendo investigados, enquanto 58 já foram descartados. Não há mortes confirmadas pela doença em janeiro.

Quatro mortes estão em investigação por suspeita de dengue em Catanduva. A cidade já tem 440 casos confirmados da doença, enquanto outros 1.043 exames estão em investigação Para combater o aumento do número de casos, a Prefeitura de Catanduva retomou o serviço de nebulização costal de combate ao Aedes aegypti.

Mesmo com agentes de Saúde percorrendo os imóveis para combater o mosquito da dengue, a doença avança na região  

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