HERÓIS

Bombeiros soterrados em Guarujá deram a vida tentando retirar uma criança e a mãe

Bombeiros soterrados em Guarujá deram a vida tentando retirar uma criança e a mãe

Profissionais foram acionados na madrugada e não tiveram dúvidas em entrar em área perigosa para salvar vítimas

Profissionais foram acionados na madrugada e não tiveram dúvidas em entrar em área perigosa para salvar vítimas

Publicada há 4 anos

Cabos Rogério de Moraes e Marciel Batalha morreram durante trabalhos dos bombeiros em Guarujá (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)


Da Redação

O chamado, no início da madrugada desta terça-feira, 3, era para socorrer vítimas em uma das áreas de maior risco na Baixada Santista: o Morro do Macaco Molhado, em Guarujá. Já sabendo da tragédia que se confirmava na região, os cabos Rogério de Moraes, de 43 anos, e Marciel Batalha, de 46, agiram imediatamente. Durante tentativa de salvamento, porém, foram surpreendidos por um deslizamento e acabaram soterrados.

A morte dos dois militares foi confirmada pelo secretário de Defesa e Convivência Social de Guarujá, Luiz Cláudio Venâncio Alves.

Moraes foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Batalha ainda não havia sido localizado até o fim da tarde desta terça-feira. Ambos, com mais de duas décadas no 6º Grupamento do Corpo de Bombeiros, que atende a região, tinham experiência em resgates.  

O diretor estadual de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel Henguel Ricardo Pereira, atuou 20 anos no Corpo de Bombeiros antes de assumir a nova função. “Quando o alarme toca, os bombeiros vão. Independentemente de quem seja a vítima, eles vão colocar suas vidas em risco para salvá-las. Nossos colegas fizeram isso. Na cabeça deles, só passou que precisavam retirar uma criança e a mãe dela”, diz Pereira.

Colegas dos dois bombeiros estão neste momento atuando para localizar vítimas em soterramentos de Guarujá, Santos e São Vicente. No meio do trabalho, também dispostos a dar a vida pelos outros, lembram dos companheiros.

“Já trabalhei com Moraes, um cara muito bacana e tinha acabado de ganhar uma festa por 20 anos de serviços prestados à corporação”, se emociona um soldado, que prefere não ter o nome divulgado.


Fonte: A Tribuna

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