PREVENÇÃO
País registra 348 mil casos de sífilis em apenas um ano e meio; Ministério da Saúde alerta jovens sobre riscos
País registra 348 mil casos de sífilis em apenas um ano e meio; Ministério da Saúde alerta jovens sobre riscos
O aumento do número de infecções sexualmente transmissíveis (IST) preocupa as autoridades de Saúde
O aumento do número de infecções sexualmente transmissíveis (IST) preocupa as autoridades de Saúde
Da Redação
O aumento do número de infecções sexualmente transmissíveis (IST) preocupa as autoridades de Saúde. Entre 2017 a junho de 2019, a sífilis foi a infecção que mais teve incidência no país, de acordo com o Ministério da Saúde. Em todo país, foram mais de 348 mil casos notificados.
O ministério alerta que as relações sexuais desprotegidas, principalmente entre pessoas da faixa etária de 15 a 29 anos, vem crescendo no país e, por isso, influenciando negativamente os índices de infecção por IST, em todos os estados.
Em 2020, o Ministério da Saúde trabalha com a campanha “Usar Camisinha é Responsa de Todos”, que tem como o principal alvo o público jovem.
A ideia é alertar que o uso de camisinha não pode ser negligenciado e, que na dúvida, a melhor alternativa de impedir que as doenças – como a sífilis, o HIV/Aids, as hepatites, o HPV e a gonorreia – se espalhem é a realização de testes rápidos ou laboratoriais para ISTs, disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde, como ressalta o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
“É preciso testar, saber, tirar a dúvida. Se você teve uma relação e não usou camisinha, se houve contato com sangue ou material contaminado, é muito importante fazer o teste. O teste é gratuito e está em todas as Unidades Básicas de Saúde.”
Dados recentes do Ministério da Saúde mostram que 900 mil pessoas vivem com o HIV e, dessas, 135 mil podem estar convivendo com o vírus sem saber. Apesar disso, o Brasil evitou 2,5 mil mortes, que possivelmente ocorreriam por causa da Aids, entre 2014 e 2018, com disponibilização de tratamentos, medicamentos e exames de diagnósticos. Isso refletiu positivamente nos dados de infecções pelo HIV com a redução de menos 1,6 mil mortes, em quatro anos, no país.
Segundo o médico sanitarista do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, do estado de São Paulo, Artur Kalichman, usar camisinha é o método mais acessível e eficaz de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis.
“A camisinha, em relações às ISTs, é sem dúvida, o método mais eficaz que as pessoas podem ter, tanto a camisinha masculina, quanto a camisinha feminina, a camisinha interna ou a camisinha externa.”
O Ministério da Saúde vai distribuir, este ano, 570 milhões de camisinhas, em todos os estados. A quantidade é 12% superior a distribuída no ano passado.
Além disso, também foi feita a entrega de mais de 12 milhões de testes rápidos de HIV. A notificação para o HIV passou a ser obrigatória, em 2014, trazendo mais acesso ao tratamento e mais possibilidades de diagnósticos para o infectado.
Dados oficiais revelam que os estados das regiões Sul e Sudeste do país, registraram os maiores número de ISTs. São Paulo é a unidade da federação com maior incidência de ISTs, com aproximadamente 75 mil infectados por HIV, e com 215 mil casos de sífilis, nos últimos 10 anos.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada, Brasil.
Fonte: Agência do Rádio