Da Redação
A população dos municípios pequenos do noroeste paulista precisa se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV, gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja, sem o uso da camisinha.
Na microrregião de Votuporanga, onde estão os municípios de Américo de Campos, Cardoso, Cosmorama, Parisi e outras cinco cidades paulistas, as infecções por sífilis entre a população tiveram queda de 18%, em apenas um ano, de 2017 a 2018. Porém, apenas nos seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou 37 pessoas na região. Os dados são do DataSUS.
As autoridades em saúde alertam que a negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são problemas apenas das cidades grandes podem ser fatores que contribuem para aumento das Infecções Sexualmente Transmissíveis nos municípios pequenos e, principalmente, entre os jovens.
O médico sanitarista do Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS, do estado de São Paulo, Artur Kalichman, reforça que usar camisinha é o método mais eficaz de prevenção às ISTs.
“Camisinha é a melhor estratégia que tem. Protege contra todas as ISTs, não tem efeito colateral e não precisa de médico e de serviço de saúde. É um produto que assim que a pessoa se aproprie dele, ela autonomamente pode usar."
São Paulo registrou, ao todo, cerca de 14 mil casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado. Nos últimos nove anos, foram mais de 215 mil casos registrados.
Além disso, o estado teve pouco mais de 2,8 mil casos de HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019. Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu cerca de 181 mil paulistas, nos últimos 20 anos. As hepatites virais mataram quase 24 mil pessoas no estado, de 2000 a 2017. Os dados são dos últimos Boletins Epidemiológicos de HIV/Aids e Hepatites Virais, divulgados pelo Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante também entre os jovens dos municípios pequenos, como ressalta o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.
“Não podemos relaxar no uso da camisinha. São importantes para diminuir o número de infecções sexualmente transmissíveis. Então, a gente precisa trabalhar com os jovens, no sentido de alertar que a camisinha é importante e o uso dela livra das ISTs.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos estados.
Além disso, todas as unidades de saúde do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada, Brasil.
Fonte: Agência do Rádio