DISPUTA
Doria sobe o tom contra Bolsonaro: "diante de mais de 5 mil mortos, o senhor continua afirmando que é uma gripezinha?"
Doria sobe o tom contra Bolsonaro: "diante de mais de 5 mil mortos, o senhor continua afirmando que é uma gripezinha?"
Pronunciamento foi feito em coletiva na tarde desta quarta-feira
Pronunciamento foi feito em coletiva na tarde desta quarta-feira
Da Redação
João Doria (PSDB), respondeu o rispidamente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por causa de declarações minimizando o coronavírus.
Em texto, distribuído na íntegra pelas redes sociais do Tucano, o governador de São Paulo convidou Bolsonaro para visitar São Paulo e ver de perto a situação dos hospitais.
“Convido o senhor, venha a São Paulo. Saia de Brasília e venha visitar o Hospital das Clínicas, os hospitais de campanha. Venha ver as pessoas agonizando nos leitos e a preocupação dos profissionais de saúde de São Paulo. E se não quiser visitar São Paulo, por medo ou qualquer outra razão, vá ver o colapso da saúde em Manaus. Veja a realidade do seu País. Saia da sua bolha, do seu mundinho de ódio. Percorra hospitais e seja solidário com a realidade do seu País”, diz trecho do discurso.
Doria prossegue pedindo que Bolsonaro trate a vida das pessoas com mais humanidade, não apenas como números.
“E, por fim, o senhor que gosta de tratar tudo como números e acha que a vida é um número, eu como governador, mas como ser humano, não acho que vida é número. Nem meus filhos são tratados por número. Meus filhos são tratados por nome, com carinho e afeto. Trabalho para salvar vidas. A vida é sentimento e espero que o senhor possa resgatar o seu para ter um olhar de compaixão pelo seu país. Nenhum parente pôde acompanhar o sepultamento. Respeite médicos, enfermeiros e profissionais de saúde, que ao contrário do senhor, que vai praticar tiro em stand de tiro, essas pessoas estão protegendo pessoas”.
O governador terminou pedindo para que Bolsonaro para de fazer política, e questionou se ele ainda acha que o Covid-19 é apenas uma gripezinha.
“Pare com essa política da perversidade. Pare de fazer política em meio a um País que chora mortes e infectados. E agora, presidente? Diante de mais de 5 mil mortos, o senhor continua afirmando que é uma gripezinha?".