Da Redação
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (13) que o Estado não seguirá o decreto do presidente Jair Bolsonaro, que permite reabertura de academias e salões de beleza. A decisão estadual está acima de decisões municipais.
Doria afirmou que "não temos condições sanitárias seguras para abertura de academias, salões de beleza e barbearia”. O tucano disse ainda que respeita os profissionais destas áreas, mas preza pela vida de todos.
Durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, Doria disse que conversou com o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, antes de tomar uma decisão. Doria, inclusive, deu indireta em Bolsonaro ao afirmar que, em São Paulo, há diálogo para que decisões sejam tomadas.
Com a decisão, prefeituras poderão utilizar a fala de Doria para não reabrir os estabelecimentos. Em Rio Preto, por exemplo, há pressão para que o prefeito Edinho Araújo (MDB) flexibilize a quarentena e reabra academias e salões de beleza. O emedebista já afirmou que não deve seguir o decreto de Jair Bolsonaro.
"Na academia, a secreção é abundante. Quem faz exercício físico de máscara? É difícil e a máscara perde qualidade. Para higienizar deve ser feito a cada uso, o que é complicado. Agora, salões de beleza. O contato é muito próximo, então no ponto de viste de controle da infecção, é situação de risco. Não tem apoio científico nenhum", disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
Mortes
O governo paulista informou também que o Estado contabiliza 4.118 mortes por Covid-19. Destes, 169 morreram nas últimas 24 horas.
Doria diz que em SP se ouve especialistas para tomar decisões