TRÂNSITO

Acidentes fatais entre motociclistas tem alta de 37,9% durante a quarentena em SP

Acidentes fatais entre motociclistas tem alta de 37,9% durante a quarentena em SP

Jovens entre 18 e 24 anos correspondem a 34% do total de óbitos entre condutores de veículos de duas rodas

Jovens entre 18 e 24 anos correspondem a 34% do total de óbitos entre condutores de veículos de duas rodas

Publicada há 4 anos

Jovens entre 18 e 24 anos correspondem a 34% do total de óbitos entre condutores de veículos de duas rodas

Da Redação

Apesar da quarentena recomendada por causa da pandemia do novo coronavírus, o cenário do trânsito em São Paulo é alarmante para os motociclistas. Em maio, o estado registrou 179 óbitos entre os motoqueiros, um aumento de 7,2% na comparação com o mesmo período de 2019, segundo o Infosiga-SP. Já na cidade de São Paulo, o índice cresceu para 37,9%.

As maiores vítimas de acidentes fatais são pessoas na faixa etária entre 18 e 24 anos, que correspondem a uma fatia de 34% do total no estado, na região metropolitana o índice entre pessoas com essa idade é de 32,5%.

Segundo a especialista em tecnologia para educação digital e CEO da Younder, Cláudia de Moraes, fatores como a inexperiência e falta de habilidade dos motociclistas contribuem para o índice de mortalidade. "Muitas dessas pessoas vão para as ruas sem o preparo necessário. O ideal seria ensinar os motociclistas a desenvolverem habilidades e conhecimentos para que tenham consciência da importância de trafegar de forma segura nas ruas", diz.

Além da inexperiência, outro fator associado ao número de óbitos é o aumento das entregas por aplicativos. Somente na capital paulista, as entregas por apps de delivery cresceram 700% durante a quarentena. Cláudia acredita que este crescimento pode trazer novos desafios aos motociclistas e às empresas. "Muitas pessoas perderam seus empregos e se tornaram iniciantes nesta modalidade. Dirigir profissionalmente é muito diferente de quem pega uma motocicleta somente aos finais de semana, no entanto, nem todos recebem a formação adequada", afirma.

Um caminho para a reversão do número de acidentes é o treinamento, com foco na capacitação, conscientização e desenvolvimento de habilidades. "Os motoristas estão na linha de frente dos riscos no trânsito e são responsáveis não só pelas próprias vidas, mas pelas de terceiros. Os treinamentos protegem o condutor e terceiros dos riscos envolvidos no trânsito, além de resguardar a imagem e custos da empresa. A capacitação também aborda questões como segurança e bons hábitos, mas podem focar diretamente nas metas e objetivos buscados pela empresa, sejam eles o uso consciente de combustível, a redução no número de multas, foco na produtividade e na preservação de vidas no trânsito", explica.


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