PANDEMIA
Ministério Público acompanha situação em asilo da região após seis idosos morrerem com Covid-19
Ministério Público acompanha situação em asilo da região após seis idosos morrerem com Covid-19
Além das mortes registradas, mais de 20 moradores foram infectados pelo novo coronavírus
Além das mortes registradas, mais de 20 moradores foram infectados pelo novo coronavírus
Asilo de Tabapuã registra mortes de idosos com coronavírus — Foto: Reprodução/TV TEM
Da Redação
As seis mortes e os mais de 20 casos positivos de Covid-19 registrados em um asilo de Tabapuã chamaram atenção do Ministério Público.
Das nove pessoas que morreram na cidade até esta quarta-feira, 1º, por conta da doença, seis viviam na instituição. Somente na terça-feira (30), dois idosos do lar morreram. Outros quatro permanecem internados.
Por conta da situação, a promotoria investiga se as famílias dos outros seis idosos que não foram infectados pelo novo coronavírus teriam condições de retirá-los do asilo para evitar novos casos.
“Uma assistente social que trabalha há mais de 15 anos no asilo me disse que conseguiu realocar dois. Para a família chegar ao ponto de deixar o idoso no asilo, os vínculos normalmente estão rompidos. São famílias que enfrentam situação de vulnerabilidade econômica com certeza”, afirma a promotora de Justiça Bruna Buck Muniz.
Segundo Bruna, se as famílias tiverem condições de cuidar dos idosos e não colocarem em prática nenhuma atitude, o Ministério Público poderá entrar com uma ação compulsória contra os responsáveis.
“Nós ficamos nesse impasse. O ideal mesmo seria a família voluntariamente, vendo a situação, se unir e tirar o idoso do asilo. O ideal seria isso para não ficarmos ligando ou mesmo acionando”, diz.
O diretor do asilo informou que todos os idosos que testaram positivo para Covid-19 estão em quarentena, passam bem e estão em um espaço diferente daqueles que não estão doentes.
A instituição também afirmou que, desde o começo da pandemia, está tomando todos os cuidados necessários para evitar a transmissão da doença.
A Prefeitura de Tabapuã informou que não tem vínculo com o asilo, mas mesmo assim, contratou dois enfermeiros e um médico para reforçar o atendimento aos idosos.
Fonte: G1