EDUCAÇÃO

Unicamp cancela uso de vagas do Enem no Vestibular 2021

Unicamp cancela uso de vagas do Enem no Vestibular 2021

O motivo é devido ao calendário incompatível

O motivo é devido ao calendário incompatível

Publicada há 4 anos

Da Redação

A Unicamp, em Campinas, anunciou na manhã desta quarta-feira, 22, que não vai abrir o edital exclusivo para ingresso na instituição em 2021 via Enem, que teve o cronograma adiado devido à pandemia do coronavírus. Por isso, decidiu adicionar as 639 vagas que eram destinadas ao exame nacional ao processo seletivo do vestibular tradicional da universidade.

Segundo a comissão organizadora, a unificação acontece por conta do "calendário incompatível" com o cronograma definido pelo Ministério da Educação (MEC), que prevê a divulgação do resultado do Enem a partir do dia 29 de março. O MEC só divulgou a nova data das provas em 8 de julho.

O diretor da Comissão Permanente Para Os Vestibulares (Comvest), José Alves de Freitas Neto, afirmou em coletiva online nesta quarta que ficaria inviável para a Unicamp aguardar até a data prevista pelo governo federal para divulgação dos resultados do Enem, já que a instituição prevê o início do 1º semestre de 2021 no dia 15 de março, para que não haja prejuízo no calendário e déficit no aprendizado dos estudantes. 

O diretor ainda explicou que a transferência do Enem diretamente para o mesmo processo do vestibular da Unicamp "possibilita oferecer as mesmas condições para todos os ingressantes".

De acordo com Freitas Neto, as políticas de cotas estão mantidas, assim como o ingresso pelas vagas para premiados em olimpíadas e o vestibular indígena. Com a inclusão das 639 vagas, a Unicamp ficará com um total de 3.234 vagas divididas em 70 cursos de graduação.

A universidade prevê, para o próximo ano, 25% das vagas exclusiva para candidatos com cotas étnico-raciais e 50% para estudantes de escola pública. Atualmente, os alunos auto-declarados pretos ou pardos e os que e ensino público correspondem 30,7% e 45,4% do total, respectivamente. 

Veja abaixo a divisão para 2021:

  • 322 vagas para estudantes de escola pública;
  • 172 vagas para estudantes de escola pública e auto-declarados pretos ou pardos;
  • 145 vagas para auto-declarados pretos ou pardos.

A Comvest já havia sinalizado a possibilidade de transferir as vagas do Enem para o vestibular, após a divulgação do novo calendário do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Com o aumento das vagas, a Unicamp também prevê ampliar o número de convocados para a segunda fase de 11,5 mil para 16,5 mil. Segundo a comissão, a expectativa é de queda de 15% dos inscritos por conta da pandemia da Covid-19.

Além de realizar inscrição, o candidato também precisa pagar uma taxa de R$ 170 até 10 de setembro, exceto se for beneficiado pela isenção concedida pela universidade. O prazo foi reaberto nesta quarta-feira por conta da transferência de vagas da modalidade do Enem.

Mudança de data e conteúdo das provas

No início de julho, a Unicamp definiu novas datas para a realização do Vestibular de 2021 por causa das mudanças provocadas pelo coronavírus.

A 1ª fase, inicialmente marcada para novembro, será realizada nos dias 6 e 7 de janeiro, enquanto que a 2ª está marcada para os dias 7 e 8 de fevereiro. Além disso, a universidade divulgou que o período de inscrições será de 30 de julho a 8 de setembro, por meio da página oficial.

Ao contrário de anos anteriores, a 1ª fase do vestibular será realizada em dois dias para evitar aglomeração de candidatos. A divisão depende do curso escolhido pelo estudante:

  • 06/01: cursos do segmento de ciências humanas/artes e de exatas/tecnológicas
  • 07/01: cursos das áreas de ciências biológicas/saúde

A instituição também decidiu reduzir a lista de obras literárias obrigatórias e também diminuiu de 90 para 72 o total de questões na 1ª fase. Com isso, o tempo máximo de prova passa de cinco para quatro horas. O conteúdo das questões também vai ser adequado com a "nova realidade do ensino público do país", segundo a comissão.

Para cada dia de aplicação haverá uma prova única para todos os candidatos das áreas daquela data. O exame é formado por 72 questões objetivas, distribuídas da seguinte forma:

  • 12 questões de língua portuguesa e literatura;
  • 12 de matemática;
  • 8 de cada disciplina: biologia, física, geografia/sociologia, história/filosofia, inglês e química.

De acordo com a Comvest, nesta etapa também haverá mudança na logística: o total de municípios paulistas com aplicação da prova subirá de 31 para 33, com a inclusão de Barueri (SP) e Fernandópolis (SP), com objetivo de "evitar longos deslocamentos dos estudantes".

Além disso, a universidade estadual manteve as aplicações dos exames nas cinco capitais fora de São Paulo: Salvador (BA), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Fortaleza (CE).

2ª fase

A segunda fase do vestibular terá formato inalterado e, com isso, ela segue com o seguinte padrão:

  • Primeiro dia: oito questões de português, duas interdisciplinares de inglês e uma redação (composta por duas propostas de textos para que o candidato execute apenas uma).
  • Segundo dia: seis questões de matemática; duas questões interdisciplinares de ciências humanas; duas questões interdisciplinares de ciências da natureza; e parte específica por área:


Fonte: G1


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