PANDEMIA

Setores somam quase cinco meses de “trabalho restrito” em Fernandópolis

Setores somam quase cinco meses de “trabalho restrito” em Fernandópolis

Em meio à crise (sanitária e econômica), fernandopolenses contam como têm lidado com a situação

Em meio à crise (sanitária e econômica), fernandopolenses contam como têm lidado com a situação

Publicada há 3 anos

Breno Guarnieri

Há cerca de 5 meses, a pandemia da Covid-19 fez com que os governos estadual e municipal decretassem quarentena para combater a transmissão do coronavírus restringindo o funcionamento de serviços considerados não essenciais.

Em Fernandópolis, o empresário Marcos Gouvêa, dono de um restaurante não tinha ideia de que o isolamento social iria demorar tanto para acabar. “Totalmente pego de surpresa. Não sei como não entreguei o prédio (alugado) ainda. Eu estou conseguindo sobreviver durante esse período com o delivery (marmitas), porém, nunca foi o forte do meu cardápio. A presença do público nas mesas é fundamental. Tive que demitir três funcionárias por causa de tudo isso”, destaca.

Marcos ainda reforça: “só ficou trabalhando no restaurante minha esposa, eu e uma cozinheira. Espero que encontrem uma solução para nós o mais rápido possível. Não sei se duro até o mês que vem”.

A princípio, em razão da quarentena, a expectativa de Aparecido Junior, proprietário da Academia Movimento, era de ficar um período curto sem atividades, mas ele não contava que, com a flexibilização, seu estabelecimento continuasse tanto tempo sem permissão para funcionar. Junior precisou se organizar para encarar o momento e dispensou um funcionário. "Eu acredito que pelo menos duas academias não voltam com o término da pandemia. Estou com a conta de energia atrasada desde abril", diz.

Com restrições ao abrir o bar, Ademilson Fonseca, o Koxa, também salienta que foi pego de surpresa com o decreto de fechamento. “Na véspera do fechamento eu tinha feito uma compra grande. Também fui pego de surpresa. Ainda bem que compro os produtos à vista. Praticamente ‘empatando’ as contas de aluguel, água e luz. Eu estou conseguindo me manter porque os clientes compram e levam para casa”.

Fase laranja

O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, dia 14, a 11ª atualização do Plano SP. Na atualização extraordinária – onde as regiões que estiverem em estado crítico podem regredir -, a DRS de Rio Preto se manteve na fase laranja. Nos últimos sete dias a região teve queda de 7,2% nas internações e aumento de 7,7% nos casos e 25,3% em óbitos. 

Aparecido Junior, campeão mundial nos EUA, está sem fazer o que mais gosta: incentivar o esporte



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