FUMAÇA CONTÍNUA

Equipes da Defesa Civil e Meio Ambiente monitoram queimada atrás do frigorífico

Equipes da Defesa Civil e Meio Ambiente monitoram queimada atrás do frigorífico

“Fumaça está insuportável”, de acordo com relatos de moradores daquela região do município

“Fumaça está insuportável”, de acordo com relatos de moradores daquela região do município

Publicada há 3 anos

Breno Guarnieri

As equipes da Defesa Civil e Secretaria Municipal de Meio Ambiente acompanharam novamente, neste domingo, 29, a queimada ocorrida em terreno, situado no fundo do frigorífico. “Fumaça está insuportável”, segundo relatos de moradores daquela região do município. 

Segundo apurou a reportagem, será averiguado pelo Meio Ambiente e demais órgãos se houve crime ambiental.

Fumaça brota da terra e intriga fernandopolenses

Uma fumaça intermitente que brotava de um terreno, situado atrás do frigorífico, às margens da Avenida Getúlio Vargas, zona leste de Fernandópolis, intrigou os moradores durante a semana. A fumaça, segundo relatos nas redes socias, continuou mesmo após o Corpo de Bombeiros, na terça e quarta-feira, combater o incêndio no local.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a hipótese é de que algum incêndio de superfície tenha atingido o subsolo e que isso causou o fogo subterrâneo, tendo em vista que o terreno possui muita matéria orgânica.

Segundo apurou a reportagem, durante a construção da Avenida Getúlio Vargas, via pública localizada ao lado do terreno que pegou fogo, foi detectada, na oportunidade, por especialistas a presença de turfa naquela região do município.

As turfas são regiões de subsolo que possuem alta concentração de carbono, formada pela alteração de decomposição de matéria orgânica em um ambiente com muita água e sem oxigênio.

Moradores apreensivos

A dona de casa Marta Caetano, 39 anos, resolveu se arriscar e entrar na área para procurar focos de incêndio depois que os bombeiros foram embora. Ela conta que, desde que a fumaça começou, a vegetação tem mudado. "Entrei na mata para ver se tinha fogo, alguma coisa. Só afundei na terra, que está mole”, diz.

Mesmo intrigados com o possível fenômeno, o que mais preocupou os moradores daquela região foi a fumaça por causa do cheiro forte. "O cheiro é horrível, desagradável. Durante o dia fica uma fumaça mais branda, mas à noite fica bem mais forte”, relata a estudante Carla Santiago, 28 anos.

De acordo com o professor Pedro Orlando, 27 anos, foi possível ver animais mortos carbonizados na vegetação. “É uma pena. Muito triste. Vi alguns animais mortos pelo fogo. Eu moro aqui há 15 anos e esse local sempre foi complicado”, desabafa. 

Há placas pedindo a colaboração da população para não colocar fogo e nem jogar lixo na referida área.

Será averiguado pelo Meio Ambiente e demais órgãos se houve crime ambiental


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