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Fernandopolense estreia como produtora e atriz no filme SocialMente

Fernandopolense estreia como produtora e atriz no filme SocialMente

Com atores globais, o longa-metragem trata do impacto das redes sociais na vida de uma pessoa; discute-se até onde se pode ir por um like

Com atores globais, o longa-metragem trata do impacto das redes sociais na vida de uma pessoa; discute-se até onde se pode ir por um like

Publicada há 3 anos

Breno Guarnieri

A fernandopolense Naila Fonseca, 25 anos, atriz, produtora e empresária, formou-se pela Escola de Atores Wolf Maya e pela Oficina de Interpretação para Televisão e Cinema com Adriana Pires e Daniel Lopes, e diretores e preparadores de elenco renomados como Marcelo Zambelli, Beto Silveira, Cininha de Paula, Marcia Italo, Fabio Zambroni, Frida Richter e Nara Marques. Foram mais de 10 peças teatrais amadoras apresentadas. Naila também atuou em diversas campanhas publicitárias, revistas, editoriais de moda e clipes musicais. Atualmente, no cinema, a atriz estreia o filme SocialMente, uma mistura de ficção e documentário, no qual assina como produtora geral e com a personagem Tati. O filme trata do impacto das redes sociais na vida de uma pessoa. Discute-se até onde se pode ir por um like. O longa-metragem mostra o dia a dia de um ator, o Léo, que terá que se submeter a farsas e a loucuras para chamar atenção e se dar bem nas redes, perdendo completamente a conexão com a realidade e com a sua própria saúde mental. O filme se encontra disponível nas plataformas digitais: Google Play, Looke, Now, Vivo Play e Itunes.

 

O EXTRA: Naila, você é produtora de SocialMente. Como surgiu a ideia do filme?

NAILA: A ideia do filme foi compartilhada comigo há três anos, em uma praça de alimentação, no shopping Santa Cruz, em São Paulo. Eu lembro do Leandro dizendo: ‘Naila, eu tenho uma história, eu tenho um roteiro, quero fazer disso um filme, você topa?’ O Leandro D’Errico, nosso diretor, é um grande amigo de profissão, além de ator e diretor, ele também tem uma produtora, a Cine Imperial. Estávamos em uma fase fazendo vários trabalhos juntos, até que ele me compartilhou a ideia de que tinha escrito um roteiro para um filme e queria rodar. Eu topei na hora! O roteiro do filme sofreu diversas modificações até começarmos de fato a gravar. Antes de ter toda essa equipe e esse elenco maravilhoso, o Leandro apresentou o roteiro para um diretor muito conhecido, e sofremos uma tentativa de plágio. Foi um momento muito triste e frustrante pra nós. Não posso entrar em detalhes porque está “correndo judicialmente” contra o tal "diretor" por conta dos direitos autorais, mas, foi um filme feito com muita garra e esforço.

O EXTRA: SocialMente retrata a busca do ‘sucesso digital’ por meio de likes nas redes sociais. Na sua visão, qual foi o maior desafio para desenvolver a trama?

NAILA: O maior desafio sem dúvidas foi fazer toda a logística de gravação com o menor custo possível e em menor tempo hábil. Os atores, na maioria, estavam gravando algum outro projeto fora de São Paulo, precisávamos fazer a agenda de set muito precisa para não perder nenhum dia deles disponível na Capital. Até porque, depois que sofremos a tentativa de plágio, resolvemos fazer por conta própria. A verba para produção/locação/gravação era tudo muito contabilizado. É um filme financeiramente independente. Como eu já disse, foi na raça! Além dessa questão, acho que por ser um assunto, que gerava uma inconformidade e uma ira muito grande em todos nós, classe artística eu digo, a cada cena gravada nos saíamos juntos refletindo a triste realidade que vivíamos, nada poderíamos fazer com um sistema social já todo corrompido. Esse é o mercado que vivemos. Nem sequer tínhamos a oportunidade de fazer testes para comerciais, novelas, e afins, porque o parâmetro para ver a capacidade/talento era a quantidade de seguidores no Instagram e não os cursos e bagagem que tínhamos. Muito triste. É um assunto essencial para ser refletivo e discutido. Não só na área artística é assim, é em tudo. Até pra escolher o seu jantar hoje em dia você vê se o local tem boas fotos, curtidas, comentários e seguidores.

O EXTRA: Existiam outras ideias que você quis incluir no filme e acabou não conseguindo?

NAILA: Não, o Leandro é um diretor incrível, ele acreditava em cada profissional escalado na equipe, me deixou com total liberdade para discutir e propor. Tudo o que eu quis e pensei, apresentei, elaboramos e fizemos.

O EXTRA: Além de produzir, você também atua. Como descreve o seu personagem?

NAILA: Eu não ia atuar no filme, desde o início a minha única pretensão era trabalhar como produtora geral. É muito trabalho, são milhares de detalhes que nem eu fazia ideia que seriam necessários. Como eu não canso de dizer, o Leandro sabia, que além de produtora, eu trabalhava como atriz, e ele fez questão que eu participasse atuando também. Um filme, no currículo, como produtora e atriz, é mais que um sonho. Minha personagem se chama Tati, ela é prima do Léo, o personagem principal. A Tati aparece em quatro cenas do filme, se não me engano. Não são cenas difíceis e nem requeria preparação artística. Ela é aquela prima próxima da família, mais nova, e que esta sempre por perto. Ela torce muito pelo sucesso do Léo.

O EXTRA: Chegou a cogitar a possibilidade de interpretar outros personagens ou desde o início se identificou com o seu?

NAILA: Sim, nas primeiras leituras do roteiro chegamos cogitar a fazer outra personagem. Essa sim ia requerer uma preparação e maior "dedicação" na atuação, tinha uma carga emocional relevante, mas, discutimos depois, e por conta da sobrecarga de trabalho, trocamos pela Tati mesmo. Foram escolhas sabias e eu me realizei das duas formas.

O EXTRA: E depois de SocialMente, há algum outro projeto encaminhado?

NAILA: O que eu posso dizer sobre isso é que o SocialMente é só o começo de voos muitos altos, se for da vontade de Deus.


Redes sociais: “é um assunto essencial para ser refletivo e discutido”, diz Naila Fonseca 


Cena do filme SocialMente, disponível nas plataformas digitais 




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