EDUCAÇÃO
Secretaria diz que só 24% das escolas estaduais estão aptas a receber 100% dos alunos
Secretaria diz que só 24% das escolas estaduais estão aptas a receber 100% dos alunos
Governo estipulou retorno presencial obrigatório a partir da segunda-feira, 18
Governo estipulou retorno presencial obrigatório a partir da segunda-feira, 18
Da Redação
Apenas 1.251 das 5.130 escolas estaduais de São Paulo vão voltar a receber 100% dos alunos todos os dias da semana na próxima segunda-feira (18). Isso porque somente elas conseguem garantir o distanciamento de 1 metro.
Nas demais, onde isso não é possível por falta de espaço físico, as aulas presenciais só voltam a ser obrigatórias para todos os estudantes em 3 de novembro.
O número representa pouco menos de um quarto (24%) do total de escolas.
Na quarta, o governo de São Paulo determinou a volta obrigatória para todos dos alunos no estado a partir da próxima segunda-feira (18) na rede estadual.
A exigência também vale para as escolas privadas, mas elas terão prazos definidos pelo Conselho de Educação para se adaptarem.
No caso das municipais, a maioria das prefeituras tem autonomia para decidir. Somente em cidades menores, que não têm Conselho de Educação próprios, devem seguir a determinação do estado.
A cidade de Ribeirão Preto é uma das que manterá o esquema híbrido até ao menos o final do mês.
"A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informa que 1.251 estão aptas a receber 100% dos estudantes sem revezamento. A pasta ressalta que os casos prováveis de servidores, funcionários e alunos são acompanhados por meio do SIMED (Sistema de Informação e Monitoramento da Educação para COVID-19) da Seduc-SP, que tem os dados atualizados periodicamente", disse a pasta em nota.
Mais cedo durante coletiva de imprensa, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, afirmou que o distanciamento ainda deve ser mantido até 3 de novembro.
"Começamos com a obrigatoriedade dos estudantes já na segunda-feira. O Conselho vai deliberar sobre o prazo para as escolas privadas. Vai ter um prazo em que a escola privada poderá se adaptar à regra. Para as redes municipais, deverá ser observada a regra de cada conselho", disse o secretário.
De acordo com o secretário, os estudantes só poderão deixar de frequentar as escolas mediante apresentação de justificativa médica, ou aqueles que fazem parte do grupo de exceções definidos:
Gestantes e puérperas;
Comorbidades com idade a partir de 12 anos que não tenham completado ciclo vacinal contra a Covid;
Menores de 12 anos que pertencem a grupos de risco para a Covid e ou condição de saúde de maior fragilidade.
Em agosto, a gestão estadual já tinha reduzido o distanciamento entre as carteiras de 1,5 metro para 1 metro.
O uso de máscara por parte de estudantes e funcionários permanece obrigatório para todos, assim como a utilização de álcool em gel nas escolas e equipamentos de proteção individual por parte de professores e demais funcionários.
No início de agosto, o governo estadual liberou o retorno às aulas presenciais com 100% ocupação respeitando os protocolos sanitários, o que em algumas unidades exigiu revezamento de grupos.
Apesar da autorização, o envio do estudante para a sala de aula era facultativo aos pais. Na ocasião, as prefeituras também tinham autonomia para definir as datas e regras de abertura.
Sindicato é contrário
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) considerou a medida desnecessária, descabida e perigosa.
Na avalição da Apeopesp, as escolas não têm condições de cumprir os protocolos de segurança contra a Covid.
O sindicato ainda alega que em diversas instituições não há funcionários de limpeza para garantir a higienização das unidades.