ECONOMIA

IAV-IDV aponta queda real de 6,8% nas vendas em outubro

IAV-IDV aponta queda real de 6,8% nas vendas em outubro

Associados do IDV estimam a continuidade dos resultados negativos nos próximos três meses, mas em um patamar menor

Associados do IDV estimam a continuidade dos resultados negativos nos próximos três meses, mas em um patamar menor

Publicada há 7 anos

Assessoria de imprensa  


O IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo) de outubro fechou com queda real, já descontada a inflação, de 6,8%, em comparação com o mesmo mês de 2015. Os associados do IDV estimam a continuidade dos resultados negativos nos próximos três meses, mas em um patamar menor, -3,2% em novembro (mês do Black Friday), -3,0% em dezembro e -1,1% em janeiro de 2017.


Vale ressaltar, a importância do IAV-IDV, que consegue, entre 30 a 40 dias, antecipar a tendência de resultados da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.

O setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, apresentou, em outubro, queda real de 8,1% na comparação anual. A expectativa para os próximos meses é um pouco mais otimista, apesar de as projeções continuarem negativas :-3,3% em novembro, -4,2% em dezembro e -1,5% em janeiro de 2017, em relação aos mesmos períodos do ano anterior. A inflação desse segmento acumulada em 12 meses, segundo o IBGE, atingiu 4,9% em outubro.

O setor de bens duráveis novamente teve queda real em outubro, de 5,4%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. A recuperação da confiança dos consumidores e a retomada do crédito continuam sendo os principais desafios para o segmento. A projeção dos associados para os próximos meses é de crescimento de 1,2% em novembro (mês do Black Friday), queda de -0,5% em dezembro e leve aumento de 0,1% em janeiro de 2017. Já a inflação acumulada nos 12 meses ficou em 2,1% para esse setor.


Os bens não duráveis, que respondem em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice, drogarias e perfumaria, apresentaram queda real de 7,2% e sinalizam quedas de 5,1% em novembro, 5,0% em dezembro de 5,8% em janeiro de 2017. Vale lembrar que o setor de alimentação dentro do lar sente muito a pressão da inflação, com um aumento médio de preços, em outubro, de 14,8% (acumulado 12 meses). Já o segmento como um todo fechou, no mesmo período, com uma inflação de 13,4%.


Os pilares macroeconômicos que direcionam o consumo têm influenciado diretamente para baixo o desempenho do varejo, principalmente a inflação, que está muito acima da meta estabelecida; o nível de desemprego, que alcança patamares iguais aos de 2011; a contínua desaceleração da massa salarial e o encarecimento e restrição na concessão do crédito.


A boa noticia é o índice de confiança, outro indicador que possui forte correlação com o comportamento de consumo, saiu do pior nível alcançado, em abril de 2016 (desde do início do monitoramento da série), com 64,4 pontos para os atuais 82,4 pontos outubro, atingindo os patamares do início de 2015. Tal resultado foi puxado, principalmente, pelo aumento de confiança das famílias em relação ao futuro.



Sobre o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas)


Criado em outubro de 2007, o IAV-IDV é um índice que consolida a evolução das vendas efetivamente realizadas pelos associados do IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), com o intuito de projetar expectativas para os próximos meses e, assim, servir de base de informação para a tomada de decisão dos executivos do varejo.


Para se chegar aos números apresentados pelo IAV-IDV, as empresas associadas reportam seus próprios resultados e suas expectativas sobre vendas no futuro. Em seguida, estas respostas são ponderadas de acordo com o respectivo porte de cada empresa, para que se alcance indicadores como o volume de vendas e o faturamento nominal. Os dados extraídos pelo indicador têm permitido uma visualização mais ampla do comportamento do mercado para um período futuro de até três meses.


Sobre o IDV

 

O IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) representa 69 empresas varejistas de diferentes setores, como alimentos, eletrodomésticos, móveis, utilidades domésticas, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, material de construção, medicamentos, vestuário e calçados. Atuante em todo o território nacional, o IDV tem como principal objetivo contribuir para o crescimento sustentável da economia brasileira, além do desenvolvimento do varejo ético e formal.

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