Dr. Maurício Fernando Favaleça, médico infectologista do Cadip e das Santas Casas de Fernandópolis, Jales e Santa Fé do Sul

Yago Araújo

Com a chegada do fim do ano, é inevitável não pensar nas confraternizações de Natal e Réveillon, porém, é importante lembrar que apesar do avanço da vacinação e da queda dos números de casos, a pandemia ainda não acabou.

De acordo com o Dr. Maurício Fernando Favaleça, médico infectologista do Cadip e das Santas Casas de Fernandópolis, Jales e Santa Fé do Sul, os cuidados devem permanecer mesmo diante da queda no número de casos. “Graças ao avanço da vacinação o número de casos vem reduzindo em nosso país, porém ainda devemos ter os cuidados evitando grandes aglomerações, utilizando máscaras, higienizando nossas mãos e mantendo a vacinação corretamente conforme as orientações de segunda dose e dose de reforço, com isto estaremos menos exposto ao risco de contrair o Coronavírus”, explica o médico.

Em Fernandópolis, o número de novos infectados e de pacientes internados por conta da doença diminuiu bastante desde o início da campanha de vacinação no município, e uma nova morte em decorrência da doença não é registrada desde o último dia 06 de dezembro.

Apesar disso, para evitar que as festas impactem nos números de novos casos da doença, é importante fiscalizar aqueles com quem vai se reunir e procurar saber se estão vacinados com duas doses e a terceira, de reforço, quando cabível, além de dar preferência para pequenas comemorações.

Ainda de acordo com o Dr. Maurício, os cuidados também ajudam a prevenir a infecção por outros vírus e também a nova variante Ômicron. “Essas medidas também auxiliam na menor exposição a outros vírus respiratórios como o Influenza, que também vem causando surtos em algumas áreas do Brasil. Sabemos das variantes do Covid-19 e sua repercussão em outros países, porém ainda temos algumas incertezas sobre o que a variante Ômicron pode causar nos indivíduos e como irá se comportar em nosso país. Portanto devemos nos cuidar para que possamos passar um final de ano tranquilo, com muito amor, paz e esperança”, concluiu.

Para quem pretende passar o Réveillon na praia para acompanhar os fogos de artifício e pular as sete ondinhas, apesar de serem espaços abertos e naturalmente ventilados, o que dificulta a transmissão do vírus, os cuidados devem ser mantidos, se atentando sempre ao uso de máscara e mantendo o distanciamento, principalmente entre pessoas que não são da família.

Falando em praia, para quem pretende viajar neste final de ano as viagens de carro são consideradas menos arriscadas, desde que feitas com pessoas com quem a família já convive e que todos estejam vacinados. Viajar de ônibus tem um risco maior, pois há uma concentração maior de indivíduos e nem sempre há garantias de que todos estejam vacinados ou tomando os cuidados necessários.

Confira algumas medidas que podem ajudar a conter a proliferação do vírus durante as festas de final de ano:

- Realizar um teste RT-PCR (que verifica a presença do vírus a partir do material genético coletado pela via respiratória do paciente) três dias antes do encontro

- Disponibilize álcool em gel em diversos pontos da casa, principalmente na entrada

- Manter as celebrações em grupos pequenos, de preferência com famílias que já convivem no dia a dia

- Confirme o status vacinal dos amigos e familiares. A dose de reforço é bem-vinda se estiver dentro da data

- Solicite um maior isolamento de 10 a 14 dias pré e pós-evento

- Preserve os mais vulneráveis: idosos, crianças e pessoas com comorbidades podem ficar de máscara ou em um lugar mais reservado

- Busque lugares ventilados. Se houver teto, abra bem portas e janelas e ligue o ventilador. Nada de ar condicionado!

- Fora dos momentos de refeição, priorize máscaras de alta eficiência, como a cirúrgica ou a N95