Santa Casa mostra poder de recuperação financeira com novo modelo administrativo, sem apadrinhamento de cargos e rigor da intervenção judicial 

João Leonel

Desde a operação “Assepsia”, deflagrada em 16 de julho de 2019 pela Delegacia Seccional de Polícia de Fernandópolis, com apoio do GOE – Grupo de Operações Especiais, a Santa Casa passa por uma devassa em seu setor administrativo e financeiro.

Complementada pela operação “Hígia”, as investigações policiais culminaram na intervenção judicial, decretada em fevereiro de 2020.

Marcus Chaer assumiu o cargo de provedor da Santa Casa de Fernandópolis em dezembro de 2019, função que exerce, como administrador judicial, desde o início da intervenção.

Em março de 2020, o valor da dívida geral do hospital atingia R$ 60 milhões, superando os R$ 52 milhões apontados preliminarmente logo após as operações policiais, “Assepsia” e “Hígia”. No pico da pandemia, as dívidas chegaram a aproximadamente R$ 62 milhões. 

QUASE R$ 7 MILHÕES A MENOS DE DÍVIDAS

Em balanço financeiro ainda não consolidado, e que passará por uma auditoria antes de ser oficialmente anunciado, com previsão para o mês de março, a Santa Casa registra uma dívida geral de R$ 55 milhões. Sem contar com os empréstimos bancários, que podem ser renegociados, o saldo devedor é de R$ 31 milhões.

Essas são informações extraoficiais a que a reportagem teve acesso nesta sexta-feira (28), que indicam, se confirmadas, uma recuperação financeira da Santa Casa, sob intervenção judicial e um novo modelo administrativo implanto por Marcus Chaer.

A reportagem continuará acompanhando a evolução do balanço financeiro do hospital até sua conclusão, em março, quando serão anunciados os índices oficiais.