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PF investigará se houve pedido de propina em verba liberada para Guarani d’Oeste

PF investigará se houve pedido de propina em verba liberada para Guarani d’Oeste

Prefeito Nilson Caffer (PTB) garante não haver “qualquer irregularidade” nas verbas destinadas ao município

Prefeito Nilson Caffer (PTB) garante não haver “qualquer irregularidade” nas verbas destinadas ao município

Publicada há 2 anos

Nilson Timporim Caffer (PTB), prefeito de Guarani d'Oeste

Da Redação

A Polícia Federal conduzirá uma investigação para apurar o envolvimento do ministro da Educação, Milton Ribeiro, com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura num suposto esquema de liberação ilegal de verbas do MEC em troca de propina.

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, afirma no despacho de sua determinação para abertura de inquérito que “os fatos são graves”. O STF, portanto, atendeu pedido do Ministério Público Federal.

As denúncias partiram de alguns prefeitos. Ao menos 3 deles já registraram algum tipo de pedido de propina na liberação de verbas do MEC para seus municípios: Luis Domingues/MA, Bonfinópolis/GO e Boa Esperança do Sul/SP. Até 1kg de ouro teria sido exigido em troca de verbas.

Guarani d’Oeste aparece na lista de municípios que teriam contado com alguma participação ou intermediação dos pastores sob investigação para receberem verba do MEC.

O ministro da Educação e os dois pastores citados nas denúncias serão intimados pela PF para prestarem depoimento. O mesmo deve acontecer com todos os prefeitos citados nas denúncias, incluindo o prefeito de Guarani, Nilson Timporim Caffer (PTB), que, em contato telefônico, garantiu “não haver irregularidade alguma nas verbas destinadas ao município".

LINHA DE INVESTIGAÇÃO

A PF deve focar principalmente no possível envolvimento dos pastores Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da CGADB. 

Ambos não teriam, a princípio, qualquer cargo público, tanto no ministério quanto em alguma prefeitura ou secretaria estadual, mas têm seus nomes registrados com grande frequência em agendas oficiais do ministro Milton Ribeiro. Estes encontros serviriam para definir as ações do que está sendo denominado “gabinete paralelo” do MEC.

A Controladoria-Geral da União, em procedimento investigatório anterior ao inquérito autorizado pelo STF, havia identificado supostas fraudes na distribuição de verbas através de repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A CGU, inclusive, já remeteu à Polícia Federal o resultado desta ‘sindicância interna’. Reforçam os indícios de corrupção um áudio no qual o ministro Milton Ribeiro afirma que “favoreceu pastores a pedido do presidente Jair Bolsonaro”, um dos pontos de partida do inquérito da PF. 


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