O governo de São Paulo destacou que a sugestão não altera a legislação vigente

Da Redação

O Comitê Científico do Coronavírus do Estado de São Paulo voltou a recomendar que os municípios orientem o uso de máscaras em locais fechados como salas de aula, escritórios e cinemas, para prevenir o contágio da Covid-19.

Nesta última semana, foi registrado 41% de aumento nas internações e mais de 80% no número de casos no estado, porém, de acordo com o coordenador do Comitê de Saúde do estado de São Paulo, o médico João Gabbardo, o número de casos é ainda maior do que os índices apontam, uma vez que os dados não incluem os testes feitos em casa.

O secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que gestão estadual não vai decretar a volta do uso obrigatório de máscaras, e caberá às Prefeituras transformar a recomendação em uma determinação por meio de um decreto, por exemplo.

Na terça, por meio de nota, o governo de São Paulo destacou que a sugestão não altera a legislação vigente.

"O Comitê recomendou o retorno do uso de máscaras em estabelecimentos fechados sem caráter obrigatório, não modificando a legislação vigente em São Paulo da utilização apenas em ambientes hospitalares e no transporte coletivo", declarou, em nota.

Em Fernandópolis, o Secretário de Saúde, Ivan Veronesi, descartou a obrigatoriedade das máscaras e afirmou que continuará seguindo as recomendações do Estado, que neste momento, é pelo uso opcional do acessório.

"O grupo também orientou que os municípios intensifiquem a busca ativa dos faltosos das 2ª e 3ª dose para os adultos e da 4ª dose para os idosos acima dos 60 anos. Entre as recomendações também está a importância da vacinação entre os adolescentes para a terceira dose, que começou a ser aplicada no Estado ontem (30)".

São Paulo foi um dos últimos estados a anunciarem pela liberação do item. A decisão veio cerca de uma semana depois que a máscara foi dispensada em ambientes abertos, no dia 9 de março. Na época, a flexibilização da proteção foi apoiada pelo comitê científico estadual que levou em consideração uma redução de 76,7% nas novas internações e 56% dos óbitos por Covid-19 durante o mês de abril.