REGIÃO

Comerciantes comemoram cheia do Rio Paraná

Comerciantes comemoram cheia do Rio Paraná

Chuvas do começo do ano mudaram paisagem do Rio Paraná; há dois anos, estiagem castigou região e usina operou no volume mínimo

Chuvas do começo do ano mudaram paisagem do Rio Paraná; há dois anos, estiagem castigou região e usina operou no volume mínimo

Publicada há 8 anos

Da Redação


Com a cheia do rio, a paisagem do local mudou 



As chuvas do começo do ano mudaram a paisagem do rio Paraná e os comerciantes que ficam às margens do rio, em Ilha Solteira, município localizado a 116 quilômetros de Fernandópolis, comemoram. Há dois anos, a estiagem castigou a região e a usina hidrelétrica chegou a operar no volume mínimo por quase 600 dias, hoje, a capacidade é de 95%.


O comerciante João Moreno dos Santos e a mulher dele Demercina Maria Quaresma comemoram a alta do rio. Logo cedo, ela faxina a lanchonete para esperar a clientela. 


“A água ficou muito longe, o rio secou e o povo não vinha. O rio encheu e dá mais esperança para os comerciantes.” O marido dela diz que desde 2006 o rio não enchia tanto. “Faz muito tempo que não enchia tanto. Em 2006 e 2008 ficou parecido, mas ainda não atingiu o máximo e com certeza traz mais turistas para a praia. Quando o rio estava baixo não vinha gente. Agora, o pessoal vem aos finais de semana”.


O comerciante José Aparecido Trevisolli comemora a cheia, mas diz que a seca o entristeceu. “O que mais me deixou triste foi a seca. Estava mais de 200 metros longe e a gente ficou triste. Quase pego a viola e vou embora porque estava feio”.


O aposentado Vanderlino Gomes Mariano estava ansioso para a ver a paisagem com o rio cheio novamente. Por isso, fez questão de registrar. “Era só areia e mato crescendo e agora vendo isso aqui não tem nem explicação. A gente se sente muito gratificante. Faço questão de registrar para divulgar o turismo. Isso aqui nem frequentado era, agora está retornando o movimento.”


Ele trouxe o tio de Ribeirão Preto e o sogro, o encanador Milton Rogério, só para apreciarem a paisagem. “Só de ver encher as vistas dessas águas que estão aí. É gratificante. Vou levar uma paz na alma e lá em Ribeirão não tem, os rios são sujos e no primeiro dia já vejo isso”, comenta o encanador.


O armador de ferragem Luís Sebastião Rogério também ficou encantado. “Fazia muitos anos que a gente não via. Depois dessa seca não via nada, agora está bom a água chegou no limite”, afirma.


O pescador Jorge Eduardo Oliveira Antunes diz que o rio estava muito baixo e difícil para a pescaria. “Estamos levando peixe embora e compensa vir”.




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