Não que o cenário seja catastrófico, com paralisações de serviços essenciais; muito menos atrasos na quitação de salários dos servidores públicos municipais ou a temível volta dos atrasos nos pagamentos dos fornecedores das Prefeituras. Mas que as projeções apontadas pela maioria de gestores municipais da região, consultados pela coluna para 2023 não são, digamos, muito otimistas, não há como refutar.

Pois, sob sigilo de nominação, mantivemos contatos com onze dos atuais prefeitos da região – com oito respondendo-nos e reportando as suas expectativas para o ano que se avizinha e, unanimemente, todos afirmaram que esperam um 2023 pior que o atual em relação a conquistas de obras, celebrações de novos convênios ou qualquer outro tipo de benfeitoria, seja ela provinda do governo federal ou do estadual.

Metade deles sequer tem esperanças de que sejam cumpridas todas as promessas feitas pelos atuais gestores – estadual e federal – neste ano e aguardam comunicações oficiais de cortes totais ou parciais de convênios/contratos já celebrados ou a protelação na liberação dos recursos.

Quanto às obras e ações de menor porte, inclusive renovações de programas já em execução (sobretudo os sociais), 100% dos entrevistados confia que não espera cortes ou reduções, mas também não nutrem expectativas de aumentos ou ampliações.

Três dos administradores confirmaram que, apesar das expectativas de baixa, conseguirão realizar novos investimentos/obras de porte considerável em seus municípios, tocando-as com recursos próprios; dois outros de que apenas tocarão a manutenção de serviços essenciais e a manutenção da máquina pública. Outros dois consideram a realização de ações pontuais, sobretudo de recursos vinculados (como a receita arrecadada com multas de trânsito que devem ser direcionadas à própria área). Outro, mais pessimista, diz que se limitará a “tocar o que for possível”.

Outra unanimidade é que a troca de comando estadual, com o PSDB deixando de governar o Estado após 27 anos, é o principal fator para a desaceleração nos municípios, a qual normalmente ocorreria independentemente da sucessão, mas em menor grau, se o atual governador tivesse vencido o embate eleitoral. Esse fator supera, inclusive a troca de comando – em diretriz completamente oposta – no governo federal, com Lula substituindo Bolsonaro.

Por final, cinco deles (sendo três de municípios de maior porte populacional) confiam que a partir do segundo semestre recomece movimentos de aquecimento, mas com reflexos concretos projetados apenas para 2024.

É... Resumindo, a desaceleração tão típica desses períodos, tende, em 2023, ser mais contundente. Infelizmente.

*Conteúdo originalmente publicado na Coluna .Inside de quinta-feira, 08/12/2022.

O inqualificável ato empreendido pelo vereador Marquinhos da Silva (PSC) que, em plena sessão do Legislativo Municipal de Florianópolis-SC, assediou a homônima Carla Ayres (PT), ocorrido na noite de ontem, 07/12/2022, já se propagou nacionalmente, com expressas manifestações de repúdio.

Ele, forçadamente, abraçou e beijou a colega de parlamento na bochecha, após agarrá-la pelas costas. (CLIQUE AQUI PARA CONFERIR).

Porém, o que pouco se noticiou é que a vítima é natural daqui da região, mais precisamente de Jales, onde nasceu em 1988. Carla chegou em Florianópolis em 2012, finalizando Sociologia Política na UFSC e é ligada a causa LGBTQIA+. Ela se declara, no site do próprio partido, como jovem (30 anos), lésbica e feminista.

O vereador publicou nota: “reconheço meu erro em abordar a vereadora de maneira inconveniente, sem a sua autorização, e diante disso peço minhas sinceras desculpas a ela e a todas as mulheres que se sentiram ofendidas pelo meu ato. Ressalto que em nenhum momento agi de maneira má-intencionada [sic], porém, fui infeliz em invadir o seu espaço”.

Carla divulgou a gravação no Twitter com a seguinte mensagem: “no dia em que aprovamos a Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal de Florianópolis, mais uma cena de assédio que precisamos lutar para que não ocorra nas ruas e nos parlamentos do nosso país. Não é brincadeira se só um riu!”.

Carla Ayres conquistou 39.609 votos nas eleições de 2022 em Santa Catarina, na disputa por uma vaga à Câmara Federal. Entre as candidaturas da Federação Brasil da Esperança em Santa Catarina, Carla terminou em terceiro lugar, ocupando a primeira suplência.

Fonte é fonte

Uma das principais vias de informações desta coluna fez duas indicações, obviamente não ratificadas pelos citados. A primeira é de que o federal Fausto Pinato (PP) terá, nos próximos dias, encontro com uma das principais alas que comanda a transição do governo Lula. A outra que Carlão Pignatari, Duarte Nogueira (prefeito de Ribeirão Preto) e Fernando Machado (prefeito de Jundiaí) devem ditar os rumos do ‘novo’ PSDB no estado e que ainda não há qualquer indicação sobre o futuro político do atual governador Rodrigo Garcia.

Eleito presidente por aclamação

Surpreendente o desempenho do vereador Paulo Pauléra (PP) na disputa pela presidência da Câmara rio-pretense. Ele foi eleito ‘por aclamação’, sendo candidato único e com o voto de todos edis. Ele defende que o salário da vereança de lá seja 60% dos vencimentos de um deputado estadual, o que resultaria em cerca de R$ 15 mil mensais, contra os R$ 6 mil atuais.

Obra na Expedicionários: bem-vinda, mas...

Intervenções urbanas sempre são sujeitas a variantes de opiniões e a atual, no coração de Fernandópolis - na Avenida Expedicionários - não é diferente. Inúmeros são os elogios direcionados ao governo Pessuto pela ação tão necessária e que mudará o visual e trânsito urbano. Porém, na contramão, empresários situados na área afetada têm direcionado críticas contundentes: obra certa, no período errado, têm afastado, com as interdições e obstáculos, consumidores no principal período de compras do ano.

Fim das escolas cívico-militares?

No que depender da equipe de transição do presidente Lula, tais escolas, implantadas em vários estados do país, deverão ter seus programas encerrados. Atualmente são 202 unidades, com projeções de mais 350, sendo que a previsão é de que algumas delas permanecesse em funcionamento, bancadas por municípios e estados. 

Recesso judicial

A partir do dia 20 próximo e se estendendo até 9 de janeiro, terá início o recesso do Judiciário. Nesse período, ficam suspensos os prazos processuais, a publicação de acórdãos, sentenças, decisões e intimações às partes, advogados e outros, ressalvados casos de urgência, que serão atendidas no Plantão Judiciário.

Não eleito, volta à PF

Um dos expoentes do bolsonarismo na região, Danilo Campetti (Republicanos) reassume o seu posto de agente da Polícia Federal de Rio Preto no próximo dia 15. Ele ficou na segunda suplência para a Assembleia Paulista com 52.393 votos e já foi cotado para cargos de envergadura no governo estadual de Tarcísio de Freitas.